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Convocação no Whatsapp dá enfoque radicalizado e golpista aos atos marcados para o dia 30

Celso Lungaretti

Celso Lungaretti

21/6/2019 | Atualizado às 9:16

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Mussolini e quatro de seus generais na Marcha sobre Roma, que abriu caminho para a instauração do fascismo[fotografo]Reprodução[/fotografo]

Mussolini e quatro de seus generais na Marcha sobre Roma, que abriu caminho para a instauração do fascismo[fotografo]Reprodução[/fotografo]
Está circulando no WhatsApp um áudio golpista que dá um enfoque alternativo e bem mais inquietante às manifestações ultradireitistas programadas para o próximo dia 30. Dura 1'05" (clique no vídeo pouco abaixo para ver) e o locutor se identifica como Beto Fontes, de Londrina, PR, que tem perfil no YouTube como "jornalista investigativo, analista de mídias sociais, ativista e coaching". Ele faz a convocação abaixo, que mais parece um chamamento para uma versão brasileira da Marcha sobre Roma de 1922, que marcou a conquista do poder por parte dos camisas negras italianos: "Este áudio é curtíssimo para que vocês possam compartilhar em todas as redes. Dia 30/06/2019 voltaremos às ruas contra o crime político organizado. A pauta será única e objetiva, ou seja, o tiro letal contra a corrupção que vem atravancando um governo que nós elegemos democraticamente. Todo poder emana do povo, artigo 1º, é constitucional. E o povo irá às ruas ordenado para que o presidente Jair Bolsonaro acione o artigo 142 da Constituição Federal e faça uma faxina constitucional. [Que] Juízes e políticos corruptos, inclusive jornalistas criminosos, [sejam] julgados e condenados sem redução de pena. Quem manda no Brasil somos nós e o governo que nós elegemos democraticamente está precisando do nosso apoio.constitucional. E a pauta é objetiva e única: Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". Quanto ao citado artigo 142, eis o que ele estabelece: "As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem". Então, depreende-se que o objetivo seja colocar o povo nas ruas para dar ao presidente Jair Bolsonaro um pretexto para ele, presumivelmente em nome da defesa da lei e da ordem, ordenar às Forças Armadas que intervenham no Judiciário, no Legislativo e na imprensa. Como devemos encarar o áudio radical, bem diferente das convocações feitas, por exemplo, pelo MBL e pelo Vem Pra Rua? Há duas possibilidades: 1. a de o áudio golpista provir de uma vertente secundária da extrema-direita que estaria tentando dar um direcionamento mais radical a tais manifestações; 2. a de tal áudio expressar a verdadeira intenção da extrema-direita com as manifestações e a solidariedade ao Moro ser apenas a versão maquilada, Também não há como sabermos se isto se faz com a anuência do próprio presidente ou à sua revelia, mas a primeira hipótese se tornará mais plausível caso Bolsonaro venha a investir pesado no acirramento das tensões políticas na semana que vem, durante os dias que antecederão as manifestações de domingo. Se portar-se como bombeiro, desfará suspeitas. Se agir como incendiário, elas crescerão. Depois dos 36 anos que amargamos sob ditaduras no século passado, não podemos simplesmente descartar a possibilidade de que Bolsonaro decida a virar a mesa para livrar-se das amarras constitucionais, obtendo poderes bem maiores do que a Constituição lhe concede. Foi o que fez em 1961 outro presidente que não conseguia conviver bem com os pesos e contrapesos de uma democracia. Pretenderá Bolsonaro seguir os passos de Jânio Quadros, frequentemente a ele comparado?
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