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Autoria e responsabilidade de Dr. Rosinha
6/10/2016 8:00
[fotografo]Reprodução[/fotografo][/caption]Há muita confusão entre vitória ou derrota política com vitória ou derrota eleitoral. Nas eleições do último dia 2 de outubro, pode-se dizer com todas as letras que o grande derrotado eleitoral foi o PT. No entanto, é difícil, pela babel de letrinhas partidárias, dizer qual é o partido vitorioso, até porque parte dos eleitos pertencia, até meses anteriores, a um partido diferente daquele pelo qual concorreu. E daqui a um ano alguns talvez nem estejam mais no mesmo partido.
No Brasil, a maioria dos partidos é instrumento para os seus dirigentes negociarem favores, na maioria das vezes, pessoais. Para a maioria da população, nada significam.
Dessas eleições, pela história dos partidos e pela conjuntura que vivemos, dá para tirar outra certeza: o PT sofreu também uma grande derrota política, mas não foi só ele. A maior derrotada foi a política.
Não vou mostrar em números, até porque qualquer um pode conferir no site do TSE, mas registro: o número de abstenções, brancos e nulos no município de São Paulo superou a votação de João Doria, prefeito eleito no primeiro turno. É a evidencia da derrota da política.
Outras evidências: em todo o país, os votos brancos e nulos aumentaram 23% em relação ao primeiro turno de 2012; e, além de São Paulo, em outras oito capitais o número de votos brancos, nulos e de eleitores que não compareceram foi maior do que do candidato que ficou em primeiro lugar.
De uma maneira geral, a grande imprensa trabalha e manipula os números. Coloca gráficos de número de vereadores e vereadoras, prefeitas e prefeitos eleitos por esse ou aquele partido. Compara com eleições anteriores e faz uma grande festa: o PT foi o grande derrotado.
Faz tudo isso, mas não busca interpretar a política e o papel que cumpriram e onde se pode chegar. Preferem construir e, posteriormente, manipular o objeto a construir o sujeito político.
A derrota da política nessas eleições é o resultado do que a mídia, principalmente a Rede Globo, construiu. Tendo a Operação Lava Jato, principalmente Sergio Moro, como instrumento e operador, a mídia fez da maioria das pessoas um objeto político.
A conclusão é que essa derrota da política é fruto da estratégia dos que construíram o golpe. Os golpes de Estado se constroem e se concretizam pela força bruta da repressão, ou pela imbecilização do povo.
Assim como a Itália após a Operação Mãos Limpas, o Brasil caminha em busca do seu Berlusconi, fascista e aventureiro, corrupto e destruidor da República, tudo isso com o aval do poder Judiciário e a bênção da mídia.
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