Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. Por que te preocupas tanto, ó mercado? | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Rudolfo Lago

2024: a anti-odisseia de Marçal

Rudolfo Lago

Viramos um país triste...

Rudolfo Lago

Você pode fumar baseado?

Rudolfo Lago

Pequenas legendas, grandes negócios

Rudolfo Lago

Pimenta no Leite é refresco?

Comentário do dia

Por que te preocupas tanto, ó mercado?

São justas as preocupações do mercado com Fernando Haddad e a condução econômica do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva?

Rudolfo Lago

Rudolfo Lago

4/1/2023 13:35

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

Haddad de um lado, o PT do outro. Lula arbitrou uma mediação sobre os combustíveis. Foto: Ricardo Stuckert

Haddad de um lado, o PT do outro. Lula arbitrou uma mediação sobre os combustíveis. Foto: Ricardo Stuckert
É um bocado clichê, mas verdadeiro: o Congresso é a caixa de ressonância da sociedade. Políticos precisam ser capazes de sentir o pulso do país, os ânimos e humores dos seus cidadãos, até por uma questão de sobrevivência. Há até uma parcela que se aferra de maneira mais forte às suas convicções ideológicas, à esquerda e à direita. Mas, na sua maioria, o Congresso brasileiro é pragmático como o afetuoso abraço da deputada Flávia Arruda (ex-PL, atualmente sem partido, do Distrito Federal) no presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia da sua posse. Prático como o sorridente sussurro da ex-ministra de Jair Bolsonaro no ouvido de Lula: "Tamu junto". O rei morreu, viva o rei, como diziam os franceses. Pouquíssimas pessoas no país conhecem tão bem o Congresso Nacional como Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho. Com a experiência de quem observa de perto deputados e senadores há 40 anos, Toninho aposta, na entrevista a Edson Sardinha e Tiago Rodrigues a este Congresso em Foco, que o Congresso deverá emprestar a Lula o apoio de que ele necessita, apesar de ser um dos mais conservadores de todos os tempos. Conservador, mas pragmático, como Flávia Arruda. Toninho aposta que Lula vai puxar esse Congresso da direita para o centro. A verdade é que, da mesma forma, Lula provavelmente irá puxar a esquerda também para o centro. Ainda que o PT tenha um perfil mais à esquerda, e muitas das suas alas possam vir a pressionar o governo nesse sentido, Lula parece ter consciência de que foi eleito a partir de uma composição mais ampla. E que, na apertada eleição que venceu, essa ampliação terá sido fundamental para a sua vitória sobre Bolsonaro. Assim, Toninho acha exagerados os receios do mercado financeiro, que resolveu desocupar a cama já na lua de mel e pressiona diariamente o governo com quedas na Bolsa e alta do dólar. Ainda que seja claro que o governo tem muita urgência na reconstrução do país e na retomada de um ambiente de maior justiça social - como falamos por aqui na terça-feira (3) - não há nenhuma indicação justa de fato de que irá fazer essa condução de forma irresponsável. Como bem lembra Toninho, em uma das poucas mudanças que irão ficar da tortuosa era Bolsonaro, o Banco Central adquiriu independência. Hoje, o presidente do Banco Central tem mandato. E Roberto Campos Neto tem mandato até dezembro de 2024. Conservador na economia, como o avô Roberto Campos, ele irá dali imprimir um outro tom. E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá que se entender com ele. E terá que se entender também com seus companheiros na área econômica. Que, embora políticos como ele, orbitam num campo bem mais conservador. O vice-presidente Geraldo Alckmin tomou posse nesta manhã no Ministério da Indústria e Comércio.  E Simone Tebet assume na quinta-feira (5) a pasta do Planejamento. Por outro lado, é claro que a grande amplitude de forças que compõem o novo governo exercerá pressões. E Lula terá de ter muita habilidade para contornar esses embates em um governo cuja composição vai do Psol ao União Brasil. Pressões que poderão se acentuar pelo fato de que a sucessão de Lula, que não deverá disputar a reeleição, é um livro em branco e aberto e que talvez não venha a ser escrito pelo PT, que não tem um sucessor claro à altura do septuagenário atual presidente. Mas talvez haja pouca gente com perfil mais negociador que o de Lula para administrar esse imbróglio. Enfim, diante de tudo isso, fica a pergunta: por que te preocupas tanto, ó mercado?
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Congresso economia Geraldo Alckmin Antônio Augusto de Queiroz mercado Luiz Inácio Lula da Silva flavia arruda simone tebet Rudolfo Lago Novo governo Comentário do dia

Temas

Economia Governo Opinião Colunistas Análise Coluna Democracia
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Comunicação e justiça

Liberdade de acesso à informação ou palanque midiático?

2

Reforma política

A federação partidária como estratégia para ampliar bancadas na Câmara

3

Política ambiental

Política ambiental: desmonte, reconstrução e o papel do Congresso

4

Intolerância

Quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade

5

Polarização online

A democracia em julgamento: o caso Zambelli, dos feeds ao tribunal

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES