A taxação arbitrária de Trump e o boicote de Eduardo Bolsonaro contra o Brasil

Desde o início de julho deste ano, o governo brasileiro começou a se movimentar para fugir do "tarifaço", substantivo elevado ao seu nível máximo para expressar a ameaça econômica imposta ao país pelo presidente norte-americano Donald Trump. Misturando economia e política no mesmo balaio, ele impôs ao Brasil uma alíquota de 50% sobre diversos produtos.

Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Trump afirma que além de motivos comerciais, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) é outro fator essencial para a taxação.

O conceito da mistura do "ingrediente político ao econômico" ao tarifaço foi o que norteou a comitiva suprapartidária de senadores brasileiros que viajou aos Estados Unidos no dia 26 de julho. Liderada pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), o senador Nelson Trad Filho (PSD-MS) conversou com Robson Carvalho na coluna desta semana. "A partir do momento que isso aconteceu (anúncio do tarifaço) a gente desenhou aqui no Senado como faria o enfrentamento do piso de 10% da sobretarifa", afirma o senador.

Nos Estados Unidos, a principal missão foi distensionar a relação fria que estava entre os dois países. Para tal, reuniram-se com nove parlamentares norte-americanos, sendo oito do Partido Democrata e um do Partido Republicano, o mesmo do presidente Donald Trump. Também estiveram com empresários daquele país. Entre as conversas conseguiram desvendar que além da questão política, a principal é "a relação comercial do Brasil com a Rússia no que tange à compra de óleo diesel e petróleo", esclarece.

Sobre as interferências de Eduardo Bolsonaro nas negociações entre Brasil e EUA, o parlamentar destaca que "a politização está sendo tóxica para o Brasil". Nelson Trad aponta que um deputado federal e um senador não devem agir contra o próprio país.

Confira a entrevista:

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