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Por uma política propriamente feminina

A violência política de gênero está no não acolhimento das demandas e projetos das parlamentares, na tentativa de colocar qualquer posicionamento nosso como caricaturizado e chegando, muitas vezes, em casos de agressividade, assédio e abuso.

Mariana Lacerda

Mariana Lacerda

25/3/2022 14:38

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Carlota Pereira de Queirós e os deputados. A paulista foi a  primeira mulher a conquistar um mandato na Câmara, em 1934

Carlota Pereira de Queirós e os deputados. A paulista foi a primeira mulher a conquistar um mandato na Câmara, em 1934
Desde 1933, a mulher tem direito ao voto e o direito de ser votada. Mas, infelizmente, o ambiente político ainda é eminentemente masculino no Brasil. As mulheres representam apenas 15% das cadeiras na Câmara dos Deputados, 12% do Senado e, nas últimas eleições municipais para vereadores, 900 municípios não tiveram nenhuma mulher eleita, de acordo com dados da Agência Câmara de Notícias. O motivo pelo qual a representatividade feminina ainda é baixa pode ser atrelado a violência política de gênero a que nós mulheres somos submetidas quando decidimos participar do nosso lugar de direito. A práxis da esfera política foi moldada a partir da construção social do comportamento masculino. Então, é comum que esse lugar reforce estereótipos que coloque o homem como poderoso e a mulher como submissa, fazendo com que nós não consigamos transitar nesses espaços de uma forma mais respeitosa e tranquila. Enquanto, o papel do homem está atrelado ao poder, ao trabalho, à rua; a mulher foi rebaixada ao lugar doméstico, de cuidado dos filhos e do lar. Assim, o ambiente político, preenchido pelas toxicidades masculinas, acaba sendo, muitas vezes, um lugar de desqualificação para nós mulheres. A violência política de gênero está no não acolhimento das demandas e projetos das parlamentares, na tentativa de colocar qualquer posicionamento nosso como caricaturizado e chegando, muitas vezes, em casos de agressividade, assédio e abuso. Porém, a participação feminina na política é essencial para a manutenção da democracia e para o bom funcionamento das políticas públicas. A partir de um lugar de construção social diferente, enxergamos pontos de vistas alternativos, soluções divergentes e problemas que não tinham sido tratados antes. Além disso, nós somos metade da população e existem políticas públicas que nos afetam diretamente, que precisamos conhecer e debater. Assédio no transporte público, pobreza menstrual, planejamento familiar são políticas que envolvem efetivamente a vida e saúde das mulheres, mas não foram criadas e pensadas por nós. Isto é representatividade. Nossas pautas precisam ser pautadas por nós, que conhecemos seus impactos, seus efeitos e suas externalidades. A ausência feminina na política aumenta a nossa exclusão no debate, reforçando que o espaço público (tanto social quanto físico) não nos pertence; enquanto para o homem, mesmo quando menos qualificado, é naturalizado. Mas neste momento vivemos uma virada de conquistas para reafirmarmos a ocupação da política pelas mulheres. A casa da política já é nossa, mas precisamos de mais mulheres para fazer essa ocupação ser normalizada, possibilitando políticas públicas mais eficientes e efetivas do jeito que só nós estamos acostumadas a fazer. Não vamos romantizar as dificuldades e adversidades que as mulheres passam no ambiente político, mas temos certeza que nós faremos com que a política seja mais inclusiva, acolhedora e propriamente feminina. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected]. Leia mais textos da autora   
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