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Eduardo Fernandez
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Nosso futuro comum: o alerta da China e os promotores da guerra
13/1/2020 12:19
Assim, preocupar-se e preparar-se para essa nova realidade é essencial. Dessa maneira, é oportuno introduzir no debate da reforma tributária a conveniência da introdução de um imposto sobre o carbono, que poderia mais que compensar a desoneração da folha.
Diversos países estudam e alguns já experimentam com esse imposto. Assim como se justifica tributar mais pesadamente produtos como o cigarro, pelo mal que fazem às pessoas, também a queima de combustíveis fósseis deve ser tributada. Claro, isso vai alterar profundamente a dinâmica das nossas sociedades, e alterar tal dinâmica é essencial. E urgente!
Há, pois, que debater e analisar a conveniência de um imposto sobre o carbono. No Brasil, assusta observar o quase absoluto silêncio com relação a tal imposto, suas características, sua vantagens e desvantagens, seus impactos, quem seriam os ganhadores e os perdedores com sua eventual introdução.
Entre os perdedores se encontram, sem dúvida, aqueles que apostam na continuidade dos combustíveis fósseis como a energia fundamental da sociedade. Claro, também aqueles que dependem dessa indústria. Perderão, ainda, aqueles que nela investem, como o Brasil tem feito, a fim de "explorar" o Pré-sal, descoberta tardia que coloca, para nós brasileiros, o incrível e difícil dilema entre ajudar a criar a economia do século XXI ou apostar na manutenção da moribunda economia dos séculos XIX e XX. Os combustíveis fósseis, tal como as drogas, permitiram inicialmente um período de êxtase, em razão da elevada densidade de energia do carvão, do petróleo e do gás. Agora, seus efeitos deletérios parecem sobrepujar os positivos.
A analogia é imediata: a partir dos anos cinquenta do século XIX, e mesmo antes, já era claro que a economia escravocrata estava condenada, mas os governantes brasileiros fecharam os olhos a essa realidade e adotaram muitas medidas para dar-lhe sobrevida. O atraso resultante persiste até hoje, e a falta de um debate mais amplo, aqui no Brasil, acerca do imposto sobre o carbono, e sobre outras formas de se criar a economia do século XXI, parece repetir essa condenação ao atraso.
Se é difícil que os atuais dirigentes sequer discutam essa necessidade, quem sabe, neste ano eleitoral, escolheremos como governantes pessoas atentas aos desafios atuais e futuros?
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