Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. Cinco obstáculos ao desenvolvimento | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Marcus Pestana

Abram alas para a nova geração

Marcus Pestana

O equilíbrio fiscal e o IOF

Marcus Pestana

Viva o cinema brasileiro!

Marcus Pestana

O desafio da produtividade

Marcus Pestana

Sinfonia Barroca, o Brasil que o povo inventou

Colunistas

Cinco obstáculos ao desenvolvimento

"Onde foi que perdemos o fio da meada do crescimento sustentado? Quais são os obstáculos ao desenvolvimento nacional?"

Marcus Pestana

Marcus Pestana

6/7/2024 | Atualizado 8/7/2024 às 10:00

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

"Onde foi que perdemos o fio da meada do crescimento sustentado? Quais são os obstáculos ao desenvolvimento nacional?" Foto: Marcelo Camargo/ABr
Muitos advertem para as limitações e problemas existentes nas comparações internacionais. É claro que cada país tem sua história, características e circunstâncias. Mas, gostemos ou não, é um termômetro válido. O Brasil, em 1980, tinha um Produto Interno Bruto per capita maior do que o da Coreia do Sul. Hoje (2022) o PIB por habitante deles equivale a US$ 32.422,57 e o brasileiro a US$ 8.917,67, 3,6 vezes maior. Desde a Segunda Guerra Mundial (1945), 12 países superaram a armadilha da renda média e entraram no clube dos países desenvolvidos (Coreia do Sul, Hong Kong, Israel, Singapura, Taiwan, Espanha, Grécia, Irlanda, Portugal, Noruega, Austrália e Nova Zelândia). O Brasil continua prisioneiro da armadilha. Onde foi que perdemos o fio da meada do crescimento sustentado? Quais são os obstáculos ao desenvolvimento nacional? Visualizo cinco grandes vetores que travam a economia brasileira. Primeiro, a qualidade da educação e a capacidade de inovação, os problemas dos sistemas educacional e de ciência tecnologia, inovação. O capital humano. Os dois fatores concorrem gravemente para a baixa produtividade brasileira. Como, com este desempenho pífio nas avaliações de desempenho escolar, nossas crianças e jovens vão lidar com inteligência artificial, tecnologias da informação, robótica, engenharia genética, física quântica etc. Temos exemplos positivos no Ceará e em Teresina, que mostram que a questão não é só dinheiro. Na inovação, não temos nenhum defeito genético como Nação para encarar o desafio. Basta citar os exemplos exitosos da EMBRAPA com o agronegócio e do ITA com a Embraer. Em segundo vem o ambiente institucional e de negócios. Somos useiros e vezeiros em quebrar contratos, mudar a regra do jogo no meio do jogo, reinventar a roda em termos regulatórios, abusar da judicialização, semear insegurança jurídica. O empreendedor-investidor no capitalismo precisa de previsibilidade, confiança no futuro e nas instituições, leis, normas e regulamentos estáveis, horizonte de médio e longo prazos. Em terceiro lugar, a baixa taxa de investimento (FBKF) público e privado. O crescimento econômico a longo prazo é sustentado pelo investimento, não pelo consumo. Consumo em alta com investimento em baixa resulta em inflação. Nossa Formação Bruta de Capital Fixo atingiu os menores patamares de nossa história recentemente, entre 14% e 18% do PIB. Isto mal dá para repor máquinas, equipamentos, infraestrutura e instalações existentes. Enquanto isto, os países emergentes investem 25%, 30% ou até 40% (China). Em quarto lugar, o chamado Custo Brasil, que torna nossos produtos e serviços mais caros e a economia menos competitiva. Isso tem a ver com a infraestrutura logística, com o excesso de burocracia, com os juros altíssimos e com o "manicômio tributário" existente. Em boa hora o Congresso Nacional aprovou a reforma dos tributos do consumo, atacando um dos gargalos. Por último, o fechamento da economia. Temos uma das economias mais fechadas do mundo, refletida na baixa proporção entre comércio exterior e PIB, o que encarece as importações inclusive de máquinas, equipamentos e soluções tecnológicas. Os doze países citados, que entraram no mundo desenvolvido, o fizeram se integrando às grandes cadeias produtivas globais. Como se vê, temos muito trabalho pela frente. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

PIB economia investimento público

Temas

Economia País Colunistas Coluna
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Fascismo 4.0

Democracia indiferente e fascismo pós-algoritmos

2

Comunicação e justiça

Liberdade de acesso à informação ou palanque midiático?

3

Política ambiental

Política ambiental: desmonte, reconstrução e o papel do Congresso

4

Política internacional

Trump: a revolução que enfrentou os limites da realidade

5

Intolerância

Quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES