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Por que não Kamala?

Ao assistir ao triste debate de ontem, fiquei imaginando o quanto Kamala Harris "jantaria Trump" em cada um dos assuntos propostos

Gisele Agnelli

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28/6/2024 | Atualizado às 19:08

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Kamala Harris, a vice-presidente dos Estados Unidos. Uma alternativa mais viável contra Trump? Foto: Lawrence Jackson/Casa Branca

Kamala Harris, a vice-presidente dos Estados Unidos. Uma alternativa mais viável contra Trump? Foto: Lawrence Jackson/Casa Branca
O primeiro debate presidencial norte-americano, promovido pela CNN na quinta-feira (27), foi surpreendentemente ruim. O que não surpreendeu foram as mentiras, desinformações e xenofobia explícita de Trump. Ele não respondeu mais da metade das perguntas, as que respondeu, utilizou-se da mesma retórica populista de culpar os imigrantes por todos os males dos EUA: do desemprego, passando pela inflação ao aumento da criminalidade no país. O discurso neo-nacionalista-extremista da direita raivosa estava todo lá. A expectativa era de que, com os microfones sendo desligados, o presidente Joe Biden tivesse mais espaço para se blindar das interrupções de Trump e se aproveitar do contexto favorável; já que Trump foi recentemente condenado por ocultar pagamento à atriz de filmes adultos Stormy Daniels e aguarda audiência para definição de pena, com possível encarceramento. Não foi o que ocorreu. Trump se "comportou" e seguiu as regras, mostrou energia e vitalidade. Biden, apenas três anos mais velho que Trump, enfrenta forte escrutínio público acerca da sua capacidade cognitiva desde o lançamento de sua campanha, se perdeu na primeira resposta, perdeu a linha de raciocínio, teve lapsos de memória e em muitos momentos foi incoerente e pareceu desorientado, perdeu muitas oportunidades de atacar Trump ou minimamente se contrapor as suas mentiras. Por diversos momento, Biden nem sequer usou seu tempo completo de fala. Claro que uma campanha inteira não pode resumir-se a uma noite de um debate ruim, ainda assim, como resultado da sofrível performance, o "pós debate" deixou de ter foco em diferentes visões e propostas dos candidatos para os EUA do século 21 ou mesmo em esforços para se esclarecer a enxurrada de mentiras de Trump, para ter foco, exclusivamente, na idade de Biden. [caption id="attachment_601296" align="aligncenter" width="900"] Desempenho de Biden no debate da CNN foi desastroso. e põe em xeque sua capacidade de derrotar Trump mais uma vez. Foto: Reprodução/CNN[/caption] A escolha pragmática do partido Democrata em apostar no presidente Biden - o homem que barrou Trump em 2020 - para enfrentar o republicano pela segunda vez, a despeito de sua idade, foi posta em xeque mais uma vez. Analistas políticos de diversos meios (além de alguns financiadores de campanha) se manifestaram em uníssono: Biden é um excelente político, tem uma história política incrível, mas não é o candidato ideal para enfrentar o momento difícil que o país enfrenta. Trump é uma ameaça real e iminente à democracia liberal norte-americana. Pesquisas recentes do Estados Pêndulos (swing States) Norte-Americanos indicam uma leve vantagem de Trump sobre Biden. Neste cenário é muito importante para o partido Democrata mobilizar os eleitores ainda indecisos, mas que rejeitam Trump, a irem votar. É tempo de as pessoas mais próximas à campanha de Biden, a ex-porta-voz democrata Nanci Pelosi, Chuck Schumer, Hakeem Jeffries se reunirem e terem uma conversa franca. Se o que está na mesa é a manutenção da democracia no país, esta conversa precisa acontecer, urgentemente. A difícil e honesta questão que o partido Democrata precisa enfrentar nos próximos dias é: a performance de Biden no debate foi apenas ruim ou é algo realmente ligado ao avanço da idade? Existe um candidato democrata pronto para assumir o lugar de Biden neste momento avançado da campanha presidencial, com chances de vitória sobre Trump em novembro? Esse candidato existe? Biden já garantiu mais de 90% dos delegados do partido. A convenção Nacional Democrata está marcada para a terceira semana de agosto, e, em tese, sim, Biden pode renunciar espontaneamente de sua candidatura, o que forçaria a realização de eleições internas novamente. Seria um calendário um tanto caótico e uma situação sem precedentes, mas possível. Os dois candidatos mais óbvios para substituir Biden são Kamala Harris, a vice-presidente filha de imigrantes, e o governador da Califórnia, Gavin Newson. Newson é bom debatedor, mas sofre desgaste considerável pelos números ruins que seu estado tem apresentado, principalmente com relação à segurança pública: crise de pessoas sem teto e altas taxas de crimes violentos e homicídios. Já a atual vice-presidente Kamala Harris está atualmente em campanha por todo os Estados Unidos defendendo de forma aguerrida e incrivelmente qualificada os direitos reprodutivos femininos, talvez o assunto mais importante para o partido Democrata nestas eleições. Tema que Biden tratou de forma um tanto quanto atabalhoada no debate, mas extremamente estratégico: já que a defesa da pauta une republicanos liberais e democratas. Ao assistir ao triste debate de ontem, fiquei imaginando o quanto a afiada e exímia debatedora "jantaria Trump" em cada um dos assuntos propostos pelos debatedores. Principalmente nas questões sobre imigrantes: a partir de um olhar mais humano para a questão. A pergunta que me faço é: por que não Kamala?
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para redacao@congressoemfoco.com.br.
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