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Junho de 2019, um mês de sucessos LGBTI+ no Brasil

Toni Reis

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9/7/2019 | Atualizado 10/10/2021 às 16:50

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Dia da Afirmação Gay, tem manifesto com mais de 100 adesões de personalidades da luta homossexual. Foto: Paulo Pinto/Fotos públicas

Dia da Afirmação Gay, tem manifesto com mais de 100 adesões de personalidades da luta homossexual. Foto: Paulo Pinto/Fotos públicas
Tradicionalmente, para a comunidade LGBTI+, o mês de junho é um mês para comemorar a diversidade, relembrar lutas e conquistas da comunidade LGBTI+ e reivindicar tratamento digno. Há 50 anos, em 28 de junho de 1969, os frequentadores do bar gay Stonewall Inn em Nova York deram um basta contra as repetidas batidas policiais e prisões arbitrárias de pessoas LGBTI+, em uma revolta violenta que se estendeu por várias noites. Foi o marco impulsionador da "libertação gay".  A partir daí a tradição do Dia do Orgulho LGBTI+ ganhou força e se disseminou. Orgulho significando não ter vergonha de ter uma sexualidade ou uma expressão/identidade de gênero diferente da convencional, e sim ter orgulho de ser o que é. No Brasil, a organização do Movimento LGBTI+ se iniciou por volta de 1978, ainda na Ditadura Militar. Mas só foi a partir dos anos 1990 que o Movimento deslanchou de vez. 1997 marcou o início planejado das Paradas LGBTI+ no país. Os primeiros grandes avanços se deram na década de 2000 no Executivo, com o Programa Brasil Sem Homofobia (2004), a 1ª Conferência Nacional LGBTI+ (2008) e várias políticas públicas afirmativas. Já na década de 2010, enquanto houve retrocessos nas políticas públicas e recrudescimento da intolerância contra nossa comunidade, o Judiciário brasileiro não deixou a peteca cair. Em apenas oito anos o Supremo Tribunal Federal (STF) deu grandes passos rumo à realização da igualdade de direitos e da dignidade humana da comunidade LGBTI+ no Brasil. Em 2011, o STF reconheceu a união estável homoafetiva/casamento igualitário. Em 2018, reconheceu o direito à identidade de gênero das pessoas trans. No mês de junho de 2019, no 50º aniversário do Levante de Stonewall, o STF decidiu pela equiparação de crimes motivados por LGBTIfobia ao crime de racismo. Onde o Legislativo foi omisso, o Judiciário agiu. O STF deu um empurrão na história e fez valer o princípio constitucional da igualdade perante a lei sem distinção de qualquer natureza. E não foi só isso o motivo do sucesso do mês de junho de 2019. Segundo os organizadores, a Parada do Orgulho LGBTI+ atingiu participação de pelo menos três milhões de pessoas. Além disso, a Parada foi apoiada por mais de 150 empresas, demonstrando uma tendência de abertura para a inclusão da diversidade LGBTI+ no mundo corporativo.  O comércio também não ficou para trás, manifestando apoio colocando o arco-íris nas vitrines. Uma surpresa agradável também foram as homenagens feitas ao Dia do Orgulho LGBTI+ por diversos clubes de futebol em todo o país, começando a quebra de um paradigma tradicionalmente marcado pela intolerância a jogadores/as e à comunidade LGBTI+. Tudo isso mostra que a mudança para o melhor é possível. No Brasil conquistamos muito, mas ainda há lutas a serem vencidas.  É necessário educar, formal e informalmente, até que essas conquistas se traduzam em mudanças sociais que resultem na diminuição da discriminação, da violência e dos assassinatos perpetrados contra nossa comunidade. No mundo, mais de 70 países ainda criminalizam as relações homossexuais,  seis deles com a pena de morte. Em 50 anos se avançou muito no Brasil e em vários outros países rumo à efetivação da igualdade de direitos das pessoas LGBTI+ e rumo ao respeito às diferenças. É só isso que queremos, nem menos, nem mais. Viva o orgulho LGBTI+! >>STF lava a alma do país com votos históricos contra a LGBTIfobia >>Desagravo a LGBTs e críticas a Bolsonaro marcam homenagem na Câmara  
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LGBT Toni Reis identidade de gênero Aliança Nacional LGBTI Parada LGBT criminalização da homofobia criminalização da LGBTIfobia

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