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Perguntas e respostas sobre a paralisação dos caminhões

Aldemario Araujo Castro

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27/5/2018 | Atualizado 10/10/2021 às 12:06

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1. Bem que gostaria de escrever algo sobre a crise decorrente da paralisação dos caminhões no Brasil ... 2. Veja que falei "paralisação dos caminhões". 3. A primeira grande dificuldade é definir quem paralisou os caminhões. 4. Para escrever um texto sobre esse e qualquer outro assunto, preciso ter um mínimo de segurança sobre a realidade (os fatos como efetivamente são. Afinal, a realidade é a régua da verdade). 5. A minha sensação, cada vez mais forte, é que a maior parte das explicações para a dramática situação vivenciada não estão claras ou visíveis. O que vemos na grande mídia, como de costume, é a famosa "ponta do iceberg". 6. Postei, no meu perfil do Facebook, três perguntas que ajudam a identificar os elementos importantes desse triste quadro. 7. Tentando entender, indaguei: "O Brasil importa cerca de 20% do combustível que consome. O preço interno do combustível deve flutuar, até diariamente, em função do valor do petróleo no mercado internacional?". 8. Eis a primeira grande questão: a política de preços da Petrobrás. 9. Parece de um simplismo enorme sustentar que a tal política é uma mera aderência ao mercado (como uma diretriz atemporal, correta de forma absoluta para todo e qualquer caso). 10. Não se analisam os custos da Petrobrás? Qual a parte dos custos está em reais? Qual a parte está em dólares? Uma estatal do tamanho e da importância da Petrobrás deve atuar segundo as leis do mercado? Como funciona o mercado dos combustíveis? A atuação da própria Petrobras não afeta esse mercado? A Petrobrás reduziu, no governo Temer-Parente, cerca 50% da produção em suas refinarias? Como evoluiu a venda de petróleo bruto pela Petrobrás nos últimos anos? Como evoluiu a compra de combustíveis do exterior pela Petrobrás? A Petrobrás compra combustível no exterior de quem? A Petrobrás pretende vender refinarias? Quantas? Qual a razão? Para quem? A Petrobrás caminha para se tornar uma simples exportadora de petróleo interno bruto? 11. Um ingênuo acréscimo neste ponto. Um inteligente e flexível mecanismo de equalização, devidamente calibrado, poderia evitar os malefícios dos subsídios e das constantes variações de preços dos combustíveis. 12. Ainda tentando entender, perguntei: "Desoneração tributária das empresas transportadoras era pauta da greve dos caminhoneiros?". 13. Esse ponto aparece no acordo firmado pelo governo. 14. Quem apresentou essa proposta? Qual a razão do governo ter aceitado sem resistências? Até que ponto esse movimento é patronal? Até que ponto esse movimento é dos caminhoneiros? Quantos caminhoneiros são autônomos? Mesmo os autônomos não são majoritariamente contratados por grandes empresas? Como está a relação econômica do setor de transporte de cargas com seus clientes? O setor de transporte da cargas consegue repassar os custos para o preço dos fretes? 15. Ainda indaguei: "Como ficará o preço da gasolina e do etanol em relação ao preço do óleo diesel?". 16. A "solução" parcial não indica um ajuste para um setor econômico? A gasolina não sofrerá consequência direta dessa "solução"? O preço "livre" da gasolina não será um combustível para outros e maiores protestos (de outros setores)? 17. A questão tributária subjacente é outro tema de extrema complexidade e relevância. 18. Como "resolver" o peso tributário sobre os combustíveis de forma isolada? O problema não teria que ser enfrentado no âmbito de uma reforma tributária com ampla desoneração do consumo e oneração significativa da propriedade, da renda-capital e das operações financeiras? 19. Em suma, o pano de fundo da crise em curso é justamente o modelo de desenvolvimento socioeconômico a ser adotado no Brasil.
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petrobras economia brasileira economia greve dos caminhoneiros

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