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Um desafio para Lula até o fim do governo

Retaliações e sanções dos EUA colocam soberania e economia brasileiras em xeque até o fim do mandato.

Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

15/8/2025 12:16

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O governo Lula apresentou o necessário pacote de medidas para mitigar os prejuízos dos exportadores com o tarifaço imposto por Donald Trump. A oferta de crédito e o alívio tributário às empresas foram bem recebidos, mas tratados como paliativos, como definiu o presidente da CNI, Ricardo Alban. Há muito mais a fazer para compensar a eventual perda do mercado americano - inclusive evitar que isso ocorra.

O problema do governo é o que está por vir e a imprevisibilidade que Trump instituiu como regra de sua administração. A investigação comercial aberta com base na chamada seção 301 da lei de comércio americana está em curso. A legislação dá poderes unilaterais ao governo dos EUA para responder ao que considerar uma prática comercial desleal. Outra ameaça é a extensão da aplicação da Lei Magnitsky a outras autoridades, como ocorreu com o ministro Alexandre de Moraes. Depende apenas de Trump.

Na agenda, há eventos que podem agravar as animosidades, especialmente o julgamento de Jair Bolsonaro. Sua condenação deve ser vista pelos EUA como fruto de um "sistema injusto", como já escreveu Trump para defender o ex-presidente.

Há ainda os esforços incansáveis do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro para ampliar sanções ao Brasil. Em entrevista, ele disse estar disposto a ir "às últimas consequências" para tirar Alexandre de Moraes do poder. O ministro acaba de ser eleito vice-presidente do STF para o biênio 2026-2027.

Lula enfrenta teste de fogo com tarifas e pressão de Trump.

Lula enfrenta teste de fogo com tarifas e pressão de Trump.Ricardo Stuckert/PR

A aprovação de leis para regular as redes sociais também está no radar americano. O conceito de liberdade de expressão nos EUA tem uma amplitude bem maior do que no Brasil, e os bolsonaristas e parte do Centrão se valem desses conceitos - com a ajuda do lobby das big techs - para barrar o avanço de projetos.

A intenção de Lula de usar o BRICS como plataforma para articular uma ampla reação a Trump é outro fator que amplia o desgaste entre Brasil e Estados Unidos. O americano e boa parte dos europeus consideram o bloco como um espaço de poder de China e Rússia e gostariam de ver o Brasil fora desse arranjo.

Lula fez um discurso assertivo na última quarta-feira, ao apresentar as medidas de apoio aos exportadores. Até aqui, o presidente vem colhendo frutos eleitorais da situação criada por Trump, apostando na narrativa da soberania nacional. Há, porém, limites para o sucesso dessa retórica, e o principal deles é a economia. As consequências do tarifaço já começam a aparecer na forma de desemprego e fechamento de pequenas ou médias empresas, ou cancelamento de vendas. O pacote de socorro não poderá ser estendido por muito tempo e talvez não atinja a todos os prejudicados.

As soluções, como a abertura de novos mercados, um esforço necessário prometido pelo presidente, não acontecem do dia para a noite. Ações estruturais, como a promoção de uma maior abertura comercial, enfrentam resistências no próprio governo. Empresários insistem na necessidade de negociar com os EUA, a maior potência do planeta. Hoje, os canais estão fechados e sem perspectiva de brechas. Abrir todas essas frentes e obter algum resultado econômico palpável é um desafio. Lula terá de lidar com isso até à meia-noite de 31 de dezembro de 2026, ou seja, até o último minuto do atual mandato.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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