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O dilema da direita

Pré-candidatos resistem a romper com o ex-presidente, apesar da pressão de aliados por um novo rumo.

Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

29/9/2025 13:00

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A pouco mais de um ano das eleições presidenciais, líderes do campo da direita estão preocupados. Acham que é hora de delimitar com clareza suas diferenças em relação à extrema direita aglutinada em torno de Jair Bolsonaro e organizar uma agenda de reformas para apresentar ao eleitor. Essas inquietações foram apresentadas pelo ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia num evento do banco BTG nesta semana, em que dividiu o palco com Michel Temer e Arthur Lira, também ex-presidentes da Casa.

Maia, hoje fora da política partidária e à frente da FIN, a confederação que representa as instituições financeiras do país, defende um divórcio entre a direita e sua facção mais radical. Considera que esse grupo foi responsável por dar a Lula um forte ganho de popularidade devido ao "ambiente político muito desorganizado" que sua ação produziu. "Não entendo como a oposição pode ser tão competente para ressuscitar um governo", ironiza.

Para enfrentar Lula, ele afirma que os mais moderados devem assumir discurso e projetos de direita: "Foi um erro caminhar para o discurso de centro", afirma. "O que espero é um processo em que a direita dispute com a esquerda", resume. Maia diz esperar que líderes da extrema direita entendam que 2026 já começou e que deveriam dar maioria à direita para construir uma agenda eleitoral. Citou reformas da previdência e administrativa, novas regras para o Orçamento, além da reforma do Imposto de Renda, que está nas mãos de Lira.

Partidos e líderes tentam se reposicionar entre a pressão da sociedade e o peso eleitoral do ex-presidente.

Partidos e líderes tentam se reposicionar entre a pressão da sociedade e o peso eleitoral do ex-presidente.Ronny Santos/Folhapress

O divórcio que Maia defende está acontecendo. Mas num ritmo bem mais lento do que ele gostaria. Desde o governo Bolsonaro, partidos que eram reconhecidos como de direita aderiram à pauta bolsonarista e, sobretudo, tiraram proveito da capacidade do ex-presidente de obter votos. Mesmo preso, Bolsonaro ainda tem esteio eleitoral. Pode perder densidade até outubro de 2026, mas também pode fazer a diferença para uma vitória.

No Congresso, o bolsonarismo é uma força isolada e minoritária, como evidenciou o revés que sofreu com o enterro da PEC da Blindagem e a proposta de anistia ampla. Bastou o povo protestar nas ruas para que o vento mudasse de direção. No entanto, os governadores que se colocam como pré-candidatos à Presidência ainda não ousaram condenar os malfeitos de Bolsonaro. Ao contrário, eles o defendem, colocando-o como vítima do Judiciário. Nem mesmo a desastrada atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA e os prejuízos para a economia impostos por Donald Trump levou-os a uma crítica mais contundente.

Tarcísio de Freitas, o mais cotado para disputar o Planalto contra a esquerda, é justamente o que tem laços mais fortes com o bolsonarismo. Vem sendo cobrado por setores da sociedade - como o que Maia representa - para que assuma posições mais duras e mostre que é um político de direita, não de extrema-direita. "A extrema-direita vai puxá-lo para a rejeição que Bolsonaro tem", avalia o ex-deputado.

Partidos como o PP, o União Brasil, o PSD, o Republicanos e outros que hoje se confundem como "Centrão" sempre governaram o Brasil pela força que têm no Parlamento. Estiveram presentes no primeiro escalão dos cinco governos petistas. Ganhe quem ganhar a próxima eleição, continuarão no jogo. A ascensão e queda de Bolsonaro, porém, passou a exigir que sejam menos opacos e apresentem-se ao eleitor com menos ambiguidades. O Brasil precisa mostrar sua cara, como pediu o poeta Cazuza.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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