Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. Lula e oposição tentam encontrar rumo no pós-Bolsonaro | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Lydia Medeiros

Êxito da diplomacia é exemplo para Congresso

Lydia Medeiros

Novo partido amplia o racha da direita

Lydia Medeiros

Eleitor vai às urnas em 2026 cansado de guerra

Lydia Medeiros

Ataque de Lula ao Congresso pode ser tiro no pé

Lydia Medeiros

Lula começa campanha em trégua com a oposição

Cenário político

Lula e oposição tentam encontrar rumo no pós-Bolsonaro

Entre rusgas no Congresso e indefinição na direita, Planalto tenta governar enquanto oposição procura um rumo eleitoral.

Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

28/11/2025 11:00

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

Há uma tentativa do mundo político de mostrar que a vida continua depois da prisão de Jair Bolsonaro. Falta muito, no entanto, para que a sensação seja de normalidade institucional. Os presidentes da Câmara e do Senado, por exemplo, ignoraram um convite do presidente da República para assistir à sanção da lei da isenção do Imposto de Renda para ganhos até R$ 5 mil, uma de suas principais promessas de campanha. Ambos se declararam rompidos com líderes governistas e preferiram não cumprir a liturgia que os cargos exigem.

Há poucos dias, a rusga de Davi Alcolumbre era com Hugo Motta, e a aliança entre o senador e o governo era só alegria. Recompor as relações entre os Poderes é um dever, mas, atualmente, é Lula que precisa do Congresso, onde tem minoria de votos, para chegar ao fim do governo. Com a obrigatoriedade das emendas ao Orçamento, o Legislativo deixou de ser dependente do Executivo, e cada parlamentar se tornou gestor de uma fatia das verbas públicas. Há muito acabou a época em que o Orçamento era instrumento de pressão do Planalto.

A estratégia eleitoral do presidente, porém, passa pela difamação do Congresso. Boa parte dos parlamentares pode merecer as críticas e o título de "inimigos do povo". No entanto, um projeto aprovado por unanimidade no Senado, como o que cria uma aposentadoria especial para agentes de saúde, pode não ser exatamente "maldade" ou "pauta-bomba". Para evitar a conta de R$ 40 bilhões da proposta (em uma década), o ministro Fernando Haddad cogita levar o caso ao Supremo, caso seja ratificada pela Câmara, sob o argumento (correto) de que não é constitucional criar despesas novas sem fonte de receita. Negociar uma saída parece estar fora da lista de opções do governo. O caminho judicial tem sido o mais promissor.

Lula prioriza agendas eleitorais enquanto Congresso impõe limites e oposição aguarda um nome capaz de herdar o bolsonarismo.

Lula prioriza agendas eleitorais enquanto Congresso impõe limites e oposição aguarda um nome capaz de herdar o bolsonarismo.Ricardo Stuckert/PR

Lula está totalmente voltado à campanha eleitoral, como mostrou na solenidade de sanção da lei do IR. Transformou o ato em palanque, ao admitir que a revolução digital mudou a lógica da produção e acenar com reformas trabalhistas, como o fim da escala 6x1. Apesar do olhar para o futuro, seu governo ainda não conseguiu "conversar" com um importante setor do eleitorado que é fruto dessa revolução, os trabalhadores de aplicativo. Sua primeira ideia para regulamentar a atividade embutia a sindicalização e foi amplamente rejeitada. Em março do ano passado, um projeto foi apresentado. Agora, com o ministro Guilherme Boulos à frente, um novo Grupo de Trabalho vai refazer a proposta. O tempo é curto.

Enquanto Lula ensaia novas bandeiras eleitorais, a direita busca seu candidato. Aguarda-se uma suposta benção de Bolsonaro ao escolhido, mas a palavra do ex-presidente prisioneiro não vai bastar para que a oposição a Lula encontre seu rumo. O governador Tarcísio de Freitas, o primeiro da lista dos governadores-presidenciáveis que esperam o aval bolsonarista, deu um passo adiante, talvez para mostrar que não existe vácuo em política.

O governador paulista prometeu "tirar o Brasil do PT" com um "arranjo vitorioso", mesmo que ele não seja o protagonista. Antecipou como "pilares" de um programa da direita a reciclagem de um dos mantras do governo Bolsonaro, entoado à exaustão - e sem sucesso - pelo ex-ministro Paulo Guedes: desburocratização, desindexação e desvinculação. São princípios atraentes para o mercado financeiro. Para o Congresso, nem tanto. Guedes colocou-os numa proposta de emenda constitucional e chamou o pacote de Pacto Federativo. Boicotado pelo próprio Bolsonaro, foi derrotado.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Bolsonaro planalto Congresso Nacional Lula

Temas

Política
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Diagnóstico

A economia e a medicina

2

Política

Senado irá cobrar preço pela aprovação de Messias ao STF

3

Clima e energia

A COP que esqueceu de ouvir

4

Clima

COP 30, infâncias e justiça climática

5

Cenário político

Lula e oposição tentam encontrar rumo no pós-Bolsonaro

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES