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Eleitor vai às urnas em 2026 cansado de guerra

Entre medo e desconfiança, a segurança pública assume o centro da pauta e redefine o tom da disputa presidencial.

Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

31/10/2025 9:00

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Javier Milei surpreendeu analistas políticos e institutos de pesquisa com a ampla vitória de seu partido, o La Libertad Avanza, nas eleições legislativas da Argentina no último 26 de outubro. A severa política fiscal, com grandes cortes em gastos públicos, provocou incômodo em parte da população, mas, mesmo assim, a maioria dos que foram às urnas deram um voto de confiança ao time de "El Loco".

Os eleitores argentinos preferiram renovar a aposta na política que levou a inflação mensal de 25%, em 2023, para 2%, agora. É menos crença em Milei do que esgotamento diante da sucessão de fracassos econômicos anteriores para manter os preços baixos. Milei pode não ter o melhor plano, e as consequências sociais do seu projeto são graves, mas está conseguindo convencer os argentinos de que é o melhor caminho.

Há 31 anos, Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente no primeiro turno ao conduzir, como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, o plano que derrubou a inflação e criou o Real. As realidades de Brasil e Argentina são profundamente diferentes. Em comum, porém, está o poder de convencimento sobre uma sociedade cansada de não conseguir pagar suas contas.

Nas eleições do ano que vem, a inflação não deverá ser o principal tema dos palanques. Apesar de os preços ainda inquietarem as autoridades, a economia é a maior preocupação para apenas 16% dos brasileiros, de acordo com pesquisa Genial/Quaest de outubro. Para 30%, a violência é o maior problema do Brasil. O levantamento é anterior à ação policial no Rio de Janeiro que produziu ao menos 121 mortos, a mais letal na história do país.

Com o país tomado pela violência, candidatos terão de mostrar mais que slogans para reconquistar a confiança popular.

Com o país tomado pela violência, candidatos terão de mostrar mais que slogans para reconquistar a confiança popular.Tânia Rêgo/Agência Brasil

A estarrecedora foto dos corpos encontrados por parentes das vítimas nas matas - bandidos ou não - soma-se a outros retratos de chacinas, como Carandiru (111 mortos) e Vigário Geral (21 execuções). As imagens vão se tornando rotina, assim como o cotidiano de violência extrema a que é submetida a população. Políticas de segurança pública sempre ficaram em segundo plano em sucessivos governos. Quando ocorre a tragédia, Executivo e Legislativo se apressam em apresentar projetos de lei e promover reuniões. O roteiro é previsível. Até aqui, como comprova a operação comandada pelo governador Cláudio Castro, os resultados são nulos.

O Rio é apenas a maior vitrine. Organizações criminosas como o Comando Vermelho e o PCC estão espalhadas por todo o país e têm joint-ventures no exterior. Sobram diagnósticos ou mapeamentos; faltam soluções. O noticiário e as pesquisas vêm mostrando que a (in)segurança ganha proporções de guerra urbana e saiu do controle do Estado. Uma CPI proposta pelo senador Alessandro Vieira, policial de formação, pretende esmiuçar os dados e propor soluções. É oportunidade que não deve ser desperdiçada com disputa política inútil.

O ano eleitoral começou de fato, e Lula assumiu a candidatura. Ele e os futuros adversários terão de deixar de lado o discurso genérico das últimas eleições quando tocarem no tema da segurança para pedir votos. Para vencer, será preciso convencer os eleitores, oferecer esperança de que as fotos dos mortos, dos ônibus queimados, das barricadas, do medo nos rostos da população das periferias não vão continuar a se repetir.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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