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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Thais Rodrigues
20/11/2020 | Atualizado 21/6/2021 às 11:51
 
 
A professora pontua a necessidade de as candidaturas eleitas estarem voltadas fundamentalmente para a superação de desigualdades etnicorraciais e para o enfrentamento ao racismo. "Ao eleger-se pessoas negras, a representatividade parlamentar quantitativa é importante, porém, o que está realmente em questão é o posicionamento ideológico e estrutural que essas pessoas levam para dentro das câmaras", afirma. Tainá de Paula (PT) foi uma das vereadoras mais votadas na cidade do Rio de Janeiro. Arquiteta e urbanista, a jovem discute, dentre outras coisas, monitorar áreas de maior violência para as mulheres, fiscalizar iluminação, acessibilidades, e fomentar a cultura e o emprego. "A gente precisa denunciar a situação dos trabalhadores informais da cidade, da precarização do trabalho e do aumento de acirramento da guarda", diz Violência Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública demonstram que a cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 75 são negras. Entre 2007 e 2017, o número de homicídios de negros cresceu 33,1% enquanto o de não negros aumentou 3,3%. As mulheres negras morrem mais de forma violenta. Em 2017, 66% das mulheres vítimas de homicídio eram negras. Mulheres negras também sofrem mais com violência sexual. Eram 51% das vítimas de estupro entre 2017 e 2018. [caption id="attachment_467857" align="alignleft" width="300"]
 Fernando Holiday, vereador de São Paulo. Foto: André Bueno/CMSP[/caption]
A cientista política Flavia Bozza, colaboradora da Gênero e Número, reforça que, em se tratando de um Estado democrático, nem todas as candidaturas foram pautadas nas ideologias ditas progressistas. Muitas das candidaturas são pessoas de direita, ou centro que, segundo Bozza. "Não se comprometeram em falar ou a pautar as questões trazidas pelo movimento negro."
Reeleito, Fernando Holiday (Patriota) foi um dos vereadores mais votados da cidade de São Paulo (SP). Vindo de Carapicuíba, ele é um rapaz negro, gay que se posiciona contra políticas afirmativas como as cotas para negros em universidades. Ligado ao MBL, ele também é a favor da reforma da Previdência. Em sua campanha o jovem disse: "O movimento negro vai ter que chorar de pé, pois essa cadeira é minha". 
Flávia Bozza afirma que todo esse movimento é fruto de uma participação maior da negritude em uma política que não era representativa. "Então, com essa eleição, vale a pena entender em que espectro ideológico essas candidaturas estão situadas. A democracia se faz disso", conclui.  
Thaís Rodrigues é repórter do Programa de Diversidade nas Redações realizado pela Énois - Laboratório de Jornalismo, com o apoio do Google News Initiative.
> Aumento de candidaturas trans é resposta a ataques de Bolsonaro, dizem candidatas
> Veja a lista de todas as mulheres candidatas no país e escolha em quem votar
 Fernando Holiday, vereador de São Paulo. Foto: André Bueno/CMSP[/caption]
A cientista política Flavia Bozza, colaboradora da Gênero e Número, reforça que, em se tratando de um Estado democrático, nem todas as candidaturas foram pautadas nas ideologias ditas progressistas. Muitas das candidaturas são pessoas de direita, ou centro que, segundo Bozza. "Não se comprometeram em falar ou a pautar as questões trazidas pelo movimento negro."
Reeleito, Fernando Holiday (Patriota) foi um dos vereadores mais votados da cidade de São Paulo (SP). Vindo de Carapicuíba, ele é um rapaz negro, gay que se posiciona contra políticas afirmativas como as cotas para negros em universidades. Ligado ao MBL, ele também é a favor da reforma da Previdência. Em sua campanha o jovem disse: "O movimento negro vai ter que chorar de pé, pois essa cadeira é minha". 
Flávia Bozza afirma que todo esse movimento é fruto de uma participação maior da negritude em uma política que não era representativa. "Então, com essa eleição, vale a pena entender em que espectro ideológico essas candidaturas estão situadas. A democracia se faz disso", conclui.  
Thaís Rodrigues é repórter do Programa de Diversidade nas Redações realizado pela Énois - Laboratório de Jornalismo, com o apoio do Google News Initiative.
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