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Moro x Bolsonaro: as contradições que a gravação poderá esclarecer

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14/5/2020 | Atualizado às 9:15

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Bolsonaro e ministros na reunião do dia 22 de abril[fotografo]Marcos Corrêa/ABr[/fotografo]

Bolsonaro e ministros na reunião do dia 22 de abril[fotografo]Marcos Corrêa/ABr[/fotografo]
A divulgação do vídeo com a íntegra da reunião ministerial de 22 de abril deverá esclarecer algumas contradições entre declarações do presidente Jair Bolsonaro e os depoimentos dos ministros Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) à Polícia Federal. Também há divergência entre o relato feito pelo diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, o presidente da República e ministros. Versões que em quase tudo estão em conflito com a do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. > Moro diz que Bolsonaro o repreendeu por não apoiá-lo em ato pró-golpe O inquérito apura a acusação de Moro de que Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal ao exigir a demissão do então diretor-geral, Maurício Valeixo, para trocar o superintendente da PF no Rio de Janeiro. O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve decidir nos próximos dias se autoriza ou não a divulgação do vídeo, na íntegra ou parcialmente, como defende o governo. Os depoimentos, as declarações do presidente e o relato de quem assistiu ao vídeo deixam no ar várias perguntas. Abaixo, algumas delas: Bolsonaro fez referência à PF na reunião? Em entrevista na rampa do Palácio do Planalto na terça-feira (12), Bolsonaro disse que não usou em qualquer momento da reunião a palavra Polícia Federal. "Não existe no vídeo a palavra Polícia Federal, nem superintendência. Não existem essas palavras", declarou. Heleno e Ramos afirmaram em seus depoimentos que o presidente fez referência à PF. Segundo eles, Bolsonaro cobrou mais qualidade nos relatórios de inteligência produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), pelas Forças Armadas e pela Polícia Federal. De acordo com Ramos, Bolsonaro disse que "para melhorar a qualidade dos relatórios, na condição de presidente da República, iria interferir em todos os ministérios para obter melhores resultados de cada ministro". Nessa quarta, o presidente disse que o ministro "se equivocou" ao afirmar que ele citou a Polícia Federal. O que Bolsonaro quis dizer com "segurança" no Rio? Os ministros corroboraram a versão de Bolsonaro de que queria fazer mudança na "segurança" no Rio para proteger sua família. Fontes que viram o vídeo afirmam que ficou claro que Bolsonaro dirigia a crítica a Sergio Moro e se referia à troca no comando da Polícia Federal no Rio. A segurança da família do presidente não é de responsabilidade da PF, mas do Gabinete de Segurança Institucional, de Augusto Heleno. De acordo com o general Luiz Eduardo Ramos, o presidente mencionou que, se estivesse insatisfeito com a sua segurança no Rio, poderia trocar até o ministro, momento em que, segundo ele, Bolsonaro olhou para Augusto Heleno. Bolsonaro pressionou Moro a trocar o superintendente da PF no Rio? O ex-ministro da Justiça disse que Bolsonaro ameaçou demiti-lo se não aceitasse trocar o superintendente da PF no Rio. Os três ministros militares ouvidos no inquérito negaram que isso tenha ocorrido. Ramos afirmou que o presidente demonstrou irritação com a segurança feita para sua família e que se dirigiu a Augusto Heleno, e não a Moro, ao fazer crítica. De acordo com o ministro da Secretaria de Governo, o ex-ministro pode ter interpretado de maneira equivocada a declaração do presidente. Já Braga Netto declarou que Bolsonaro se queixou da investigação em que um porteiro de seu condomínio atribuiu ao presidente a autorização para a entrada do ex-policial Ronnie Lessa, um dos acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco. Fontes que assistiram ao vídeo relataram que a queixa de Bolsonaro se referia à atuação da Polícia Federal no Rio e que ele ameaçou trocar o diretor-geral da PF e o ministro caso não houve mudança no comando da superintendência. Bolsonaro queria acesso privilegiado a relatórios? Sergio Moro disse que Bolsonaro queria acesso a relatórios de inteligência da PF. Contou que, na reunião ministerial, o presidente foi advertido pelo ministro Augusto Heleno de que ele não poderia receber esse tipo de documento, considerado sigiloso. O chefe do Gabinete de Segurança Institucional afirmou, em seu depoimento, que não se lembrava desse momento da reunião. De acordo com o ministro, o presidente queria obter dados para aprimorar ações do governo e não acesso a inquéritos sigilosos. Qual a relação entre Bolsonaro e Ramagem? Essa pergunta não deverá ser respondida pelo vídeo. Mas também expõe uma contradição. Em seu depoimento, o delegado Alexandre Ramagem, que teve sua indicação a diretor-geral da PF barrada pelo Supremo Tribunal Federal, minimizou sua relação com o presidente da República e sua família. Ramagem disse que "tem ciência de que goza da consideração, respeito e apreço da família do presidente Bolsonaro pelos trabalhos realizados e pela confiança do presidente da República". Mas que "não possui intimidade pessoal com seus entes familiares". Ele também minimizou a foto que tirou ao lado do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, em festa de Ano Novo em 2018. Segundo ele, Carlos visitou uma confraternização de policiais. Bolsonaro já reiterou seus laços de amizade com o delegado. "Conheci, gostei do trabalho dele, foi excepcional. Passou a ser um amigo; tomava café junto, leite condensado no pão. E aí? Eu devo escolher uma pessoa que eu nunca vi na minha vida?" A versão do presidente foi confirmada no depoimento de Augusto Heleno. Há duas semanas o ministro do STF Alexandre de Moraes suspendeu a nomeação de Ramagem sob o argumento de que havia indícios de "inobservância aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade e do interesse público" devido à relação de proximidade entre o delegado e a família do presidente.
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