Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
[fotografo] Agência Brasil / Marcelo Camargo [/fotografo]
O presidente da
Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), engrossou as críticas ao secretário da Cultura, Roberto Alvim, que está sendo repudiado na internet por ter reproduzido trechos de um discurso nazista ao divulgar o novo programa do governo de
Jair Bolsonaro para a cultura. Maia disse que Alvim deve ser afastado do cargo.
>Secretário da Cultura de Bolsonaro cita ministro nazista e é repudiado
"O secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo", escreveu Rodrigo Maia no Twitter. Em menos de dez minutos, o post do presidente da Câmara já teve mais de 1,5 mil curtidas. Veja:
Outros parlamentares também criticaram o vídeo do secretário especial de cultura do Ministério do Turismo, Roberto Alvim. O deputado
Ivan Valente, líder do PSOL na Câmara, afirma que "a face facista do governo Bolsonaro aparece a cada dia". Ele classifica o discurso, que faz referências a discurso nazista, como "coragem abominável" e complementa classificando o governo como "composto por corruptos, milicianos e facistas".
O deputado David Miranda (PSOL-RJ) afirma que com o discurso "o governo passou de todos os limites. Não podemos aceitar!"
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) também se pronunciou contra o vídeo do secretário especial de cultura. No twitter, o partido afirmou que agora só restam duas opções para o governo Bolsonaro "demitir o secretário Alvim" ou "ficar com o rótulo de nazista".
O deputado
Marcel van Hattem (Novo-RS) classifica a fala de Alvim como "absurda" e "nauseante", afirma também que não cabe ao Estado determinar o que é ou deixa de ser cultura. Por fim, o deputado defende a demissão do secretário, "quem recita Goebbels e faz pronunciamento totalitário não pode servir a governo nenhum no Brasil e deve ser demitido. Já!", afirma.
Roberto Alvim se defendeu após repercussão negativa. Postou no seu Facebook um texto denominado: "Um breve esclarecimento sobre meu discurso", neste texto ele defende que não há em seu discurso referências ao nazismo e chama semelhanças de "coincidência retórica".
>Alvim nega associação com o nazismo: "Coincidência retórica"
