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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de João Frey
17/9/2020 | Atualizado às 19:05
Deputada Natalia Bonavides (PT-RN) [fotografo] Agência Câmara [/fotografo][/caption]Outro processo contra Bolsonaro pelo uso da cloroquina contra a covid-19 veio da deputada Natália Bonavides (PT-RN). Na representação contra os ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, e da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, ela pede que eles sejam processados por crime de responsabilidade por atentar contra a segurança interna do país por fornecerem para a população medicamento sem comprovação científica.
A ação está sob relatoria do ministro Celso de Mello e já gerou a abertura de um processo preliminar de investigação na Procuradoria-Geral da República.
A deputada pede o "oferecimento de ação de improbidade contra os noticiados apurando-se ao final, suas responsabilidades, para que a conduta irresponsável, tenebrosa e criminosa perpetrada por um agente público ocupante de importante cargo no governo federal não permaneça pondo em risco a saúde do povo brasileiro."
Além do aspecto sanitário, a deputada também cita questões de mau uso de dinheiro público. Natália Bonavides alega que mesmo após a Organização Mundial de Saúde descartar a cloroquina como tratamento para a covid-19, o governo insistiu no uso da droga.
"Tal situação, no entanto, não impediu que, de março a junho deste ano, tenha sido gasto quase meio milhão de reais, por meio de um laboratório do exército, na produção de um medicamento acerca do qual, realce-se, o próprio Ministério da Saúde reconhece não haver comprovação científica de sua eficácia para o tratamento da Covid-19. Desse modo, não há qualquer argumento racional e razoável que justifique que tamanho montante seja investido na produção dessa droga", diz a petição.
No gabinete de Celso de Mello
Os trabalhadores da área da saúde também recorreram ao STF contra as recomendações do governo para o uso de cloroquina. Em junho, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde (CNTS) e a Federação Nacional dos Farmacêuticos pediram a suspensão das orientações do Ministério da Saúde para uso precoce de cloroquina contra a covid-19.
O ministro Celso de Mello pediu uma manifestação do Ministério da Saúde sobre as alegações dos trabalhadores. Pazuello respondeu afirmando que os documentos do Ministério são apenas orientações, e não protocolos nem diretrizes para o uso da droga.
"É um documento administrativo de informação e comunicação que reforça a necessidade de divulgação das medidas e possibilidades de combate à enfermidade ora tratada e a inexistência de qualquer ilegalidade em nenhum dos pronunciamentos que constituem o objeto da petição inicial", diz a pasta.
Após a manifestação do ministério, Celso de Mello não encaminhou o processo para parecer do Ministério Público.
Além dos pedidos cautelares para que o governo mudasse a forma de uso da cloroquina, os trabalhadores em saúde pediram que o STF "reconheça haver o governo federal descumprido abertamente o preceito fundamental declarado na Constituição Federal de que a saúde é direito de todos e dever do Estado".
> MP investiga compra de insumos para fabricação de cloroquina pelo Exército
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