Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Ambientalistas temem fim de parque nacional que preserva Mata ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Ambientalistas temem fim de parque nacional que preserva Mata Atlântica. Pedido é de deputada do PSL

Congresso em Foco

1/5/2019 8:05

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Aline Sluetjes/ Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Aline Sluetjes/ Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, está nesta quarta-feira (1º) em Ponta Grossa, no Paraná, para debater a possível revogação do decreto de 2006 que criou o Parque Nacional Campos Gerais, localizado em região marcada por formação vegetal que integra o bioma da Mata Atlântica. Ambientalistas temem o rebaixamento do status da unidade de conservação do parque. A reunião acontece em um espaço particular cedido por um empresário que atua com insumos agrícolas no município. Não é a primeira vez que o ministro do Meio Ambiente tem agenda deste tipo. No início de abril, durante um encontro parecido, Salles ameaçou abrir processo administrativo contra todos os funcionários do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), abrindo uma crise que levou à troca de todo o comando da autarquia. O pedido para rebaixar o status do parque é da deputada Aline Sleutjes (PSL-PR) , que encaminhou um ofício a Salles no dia 8 de abril. A parlamentar pede que o decreto seja cancelado ou que o parque seja reclassificado como Monumento Ambiental. Sleutjes, que é da região dos Campos Gerais, argumenta, entre outros motivos, que proprietários rurais da área abrangida pelo parque não receberam as indenizações a que têm direito  para o caso de criação de urna unidade de proteção integral onde os donos de terras precisam deixar os imóveis. A deputada afirma ainda que as propriedades estão perdendo valor de mercado, já que por estar dentro do perímetro da unidade de conservação ambiental, os produtores seguem restrições sobre o que pode ser cultivado e que tipo de empreendimento pode ser implantado nas terras. No último dia 8 de abril, Sleutjes foi recebida por Salles para tratar da possível revogação do decreto que criou o parque, em 2006. Nesta quarta-feira o ministro cumpre agenda na região, e discute a questão do parque com a comunidade local. O cancelamento de um decreto do Poder Executivo só pode ser feito via projeto de lei aprovado pelo Congresso. A edição de uma medida provisória também pode ser um caminho, mas na leitura da Ascema Nacional, que representa os servidores ambientais federais, a extinção de uma unidade de conservação não trataria o caráter de urgência exigido juridicamente neste caso. Segundo a bióloga Angela Kuczak, diretora Executiva na Rede Nacional Pró Unidades de Conservação, a demanda dos produtores da região é conseguir autorização para o plantio de soja transgênica, mas, de acordo com Kuczak, mesmo as categorias menos rígidas de áreas de preservação ambiental não permitem isso. Quando uma unidade de conservação ambiental é criada, nem todas as áreas que ela incluía são públicas. No caso das propriedades privadas, é preciso iniciar o processo de regularização fundiária, em que o título de propriedade deve ter a validade comprovada para que assim os proprietários recebam a compensação financeira pela área. De acordo com a diretoria da Ascema Nacional, a região de Campo Gerais enfrenta problemas de grilagem e sobreposições de terras, assim como ocorre em diversas partes do Brasil. Nossa reportagem procurou o ICMbio para saber a situação e aguarda resposta. >> Servidores do Meio Ambiente criticam ministro em carta aberta à sociedade O falta de recursos dos órgãos estatais para realizar a regularização fundiária é crônica. Parte deste dinheiro vem da compensação ambiental. Quando grandes empreendimentos que causam danos permanentes e irreversíveis ao meio ambiente são feitos, os responsáveis precisam indenizar a sociedade por isso e este recurso é encaminhado para a formação de novas unidades de conservação. Até o ano passado, uma lacuna na lei tornava a operação financeira entre a iniciativa privada e o ICMbio insegura, o que gerou questionamento por parte do Tribunal de Contas da União. Em maio de 2018, a Lei 13.668 corrigiu a situação. "Uma medida provisória [que foi transformada na lei 13.668] indicou o banco público para recepcionar este recurso da compensação ambiental e tornou muito mais fácil a execução, porque o dinheiro existe, [vindo] das obras que o investidor precisa fazer a compensação ambiental, e é usado prioritariamente para a regularização fundiária", informou a Ascema Nacional. Angela Kuczak menciona que antes da criação do parque, o turismo ocorria de forma desorganizada. Segundo ela, em 2016, foram recebidos 71 mil visitantes e somente em Ponta Grossa, o turismo de natureza envolvendo Campos Gerais gera cinco mil empregos. "Em 2004, um estudo apontou que aquilo que existe hoje de Campos Gerais é menos de um quarto, menos de 0,25% do que já existiu, o que existe são retalhos muito pequenos, isolados, e o Parque Nacional Campo Gerais concentra a maior parte do restou. Além disso é uma das últimas formações de áreas com floresta araucária e protege aquíferos", destaca a ambientalista. Ela questiona ainda que parte dos problemas apontados pela deputada no pedido de extinção do parque, como a falta de acesso dos produtores à linhas de crédito rural, é reflexo da implantação precária do Cadastro Ambiental Rural por parte do governo estadual.

>> Projeto de Flávio Bolsonaro elimina reservas florestais em propriedades rurais

>> Ministério da Agricultura libera 31 novos agrotóxicos. Metade é considerada altamente tóxica

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Paraná ministério do meio ambiente ICMBio Ricardo Salles Aline Sleutjes parque nacional campos gerais angela kuczak

Temas

Meio Ambiente

LEIA MAIS

MEIO AMBIENTE

Presidente Lula veta 63 trechos do PL do Licenciamento Ambiental

ENERGIA RENOVÁVEL

Governo impõe uso de energia limpa nova em projetos de exportação

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL

Deputado pede prisão de Hytalo Santos após denúncia de Felca

2

Tarifaço

Motta critica Eduardo Bolsonaro: "Nem os seus apoiadores concordam"

3

REAÇÃO NA CÂMARA

Vídeo de Felca gera mais de 30 projetos sobre adultização de crianças

4

Tributação Financeira

Haddad debate nova tributação de fundos e ativos virtuais no Senado

5

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Em conversa com Lula, Xi Jinping declara apoio à soberania brasileira

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES