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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Erick Mota
6/1/2020 | Atualizado às 17:55
"Então eu vou dar um exemplo, eu vou abrir uma pizzaria, essa pizzaria tem um forno a lenha e vai sair fumaça. Essa fumaça é praticamente inofensiva e a única coisa que eu tenho que dizer é 'olha, essa fumaça não vai pra janela de ninguém'. Então assim, eu posso emitir essa licença automaticamente no computador da minha empresa, sem precisar de uma análise muito elaborada. Então se ela se destina ao baixo impacto, que pode ser desde uma pequena lavanderia de roupa que vai jogar água com sabão na rede de esgoto, uma pizzaria , um posto de gasolina que a empresa vem e monta o posto, tudo pronto, arruma ali e tá tudo certo, enfim. O baixo impacto faz sentido mas não faz sentido para outros tipos de impactos onde você precisa analisar e ver se vai ter alguma espécie ameaçada por aquela atividade", defende o presidente da CMADS 2019.
Para Agostinho, a regra não deve se aplicar para casos de grande risco. "Se você tem risco, você tem que ter um estudo, mesmo que seja um estudo bem simplificado. Ele [o relator] tá prevendo isso como licenciamento. A LAC não tem natureza de licenciamento. Ela chama licença, mas ela não tem o caráter jurídico, ela é meramente um cadastro. Eu aviso a prefeitura de que eu estou abrindo uma atividade", explica Rodrigo. "Ele colocou para outros tipos de impacto e tirou o compromisso. Ela chama licença por adesão e compromisso, mas fica sem o compromisso e isso é muito ruim", afirma o deputado.
Kataguiri diz que este é outro ponto resolvido, pois, segundo o relator, houve uma reunião com Agostinho e o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, para chegar a um denominador comum. "Eu adequei, eu juntei o Rodrigo Agostinho com o Tarcísio e a gente chegou numa solução de deixar para baixo o impacto e fazer com que em alguns dos casos de manutenção e de alteração de rotas para evitar acidentes em rodovias pudesse ser implementadas. A gente já diminuiu bem o escopo que tava para médio de impacto no geral com a ideia de diminuir para baixo e abrir algumas exceções para manutenção e correção de rumos de rodovia", revela Kim.
O diálogo do relator tem sido direto com Rodrigo Agostinho e com ministro Tarcísio. Segundo Kim, as entidades ambientalistas cortaram diálogo com ele após o quarto texto publicado. Na época, os ambientalistas se sentiram traídos e disseram que o deputado "virou a mesa" ao apresentar um texto com propostas completamente distintas daquelas que estavam sendo discutidas. Na ocasião os ambientalistas apresentaram ao menos mais sete pontos essenciais de alteração no texto, veja todos eles aqui.
Para Agostinho, a única maneira de votar o texto sem maiores atritos é fazendo as alterações sugeridas. "Se ele não fizer essas alterações não dá pra votar. Tirou a análise de risco? Se aprovar nós temos que recomendar o fechamento de todas as análises de risco do Brasil, porque não vão ter licença. Aí inclui as duas usinas nuclear, usinas hidrelétricas, polos petroquímicos, um monte de coisa", alerta o deputado.
O relator, por sua vez, não vê assim. Kim acredita que com as alterações feitas e as acordadas o texto será aprovado facilmente ainda em fevereiro. Kataguiri afirma que o texto final será apresentado até a segunda semana de atividades legislativas e que ninguém será pego de surpresa com uma apresentação e votação relâmpago.
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