Ricardo Salles deixa o Meio Ambiente sob investigação[fotografo]Reprodução Twitter Ricardo Salles[/fotografo]
O ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, sobrevoou na manhã deste sábado (3), a região de Corumbá, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, para avaliar os impactos das queimadas no bioma. Acompanharam a visita o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o secretário de Estado de Meio Ambiente, Jaime Verruck e os senadores da Comissão temporária que acompanha os incêndios,
Nelsinho Trad (PSD-MS),
Wellignton Fagundes (PL-MT) e
Simone Tebet (MDB-MS).
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De acordo com Nelsinho Trad, foi possível observar diferentes focos de incêndio e também pontos de estiagem. "Acabamos de fazer um sobrevoo de 30 minutos pelos arredores de Corumbá, no coração do Pantanal. Fiquei impressionado com os incêndios, mas principalmente, com a devastação causada pela estiagem. Áreas que antes eram alagadas, agora estão secas", disse.
Simone Tebet afirmou que é preciso prevenir novas queimadas e ajudar o Pantanal a se recuperar. "Nós, da Comissão do Pantanal, ouvimos, em Corumbá, a população afetada para ter elementos suficientes para preparar uma "vacina" e evitar que tamanha tragédia continue ocorrendo a cada ano".
Ontem (2), o senador
Wellignton Fagundes (PL-MT) disse que estava sobrevoando a área e ressaltou o calor na região e o esforço dos aviões para combater o fogo.
A comissão temporária do Senado que acompanha os incêndios no
Pantanal aprovou nesta sexta-feira (2) um pedido de informação sobre as multas ambientais aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nos últimos cinco anos em razão de desmatamento e incêndios ilegais. Os pedidos abrangem todos os biomas brasileiros, com destaque para Pantanal e Amazônia.
Os senadores pedem à pasta um comparativo entre multas lançadas, pagas e em discussão judicial de 2015 a 2020. Também são questionadas quais ferramentas o Ibama disponibiliza para garantir transparência de dados à população, autoridades, meios de comunicação e instituições de pesquisa.
Portaria publicada no
Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (2) regulamenta a criação de um grupo de trabalho para avaliar a união entre Ibama e ICMBio. De acordo com o deputado
Rodrigo Agostinho (PSB-SP) a possível fusão dos órgãos pode estar atrelada à aprovação da reforma administrativa. Caso o texto da reforma seja aprovado como está, o governo poderá determinar a união dos órgãos por decreto. Ambientalistas criticaram a medida.
> Reforma administrativa pode determinar fusão entre Ibama e ICMBio
