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Congresso em Foco
15/10/2008 | Atualizado 16/10/2008 às 19:39
Membro da CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas, em curso na Câmara, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) solicitou hoje (15) uma acareação entre quatro dos principais personagens do caso dos grampos supostamente executados por órgãos de inteligência em autoridades das alta cúpula federal. São eles: o ministro Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional); o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz; o diretor-geral afastado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda; e Daniel Lorenz de Azevedo, diretor da Divisão de Inteligência do Departamento da PF.
Domingos justificou a apresentação de seu requerimento sob o argumento de que foram explicitadas muitas “contradições” nos depoimentos dos atores supracitados, o que teria voltado a ocorrer hoje, na oitiva de Daniel Lorenz. Segundo o petista, as versões divergentes sobre os mesmos assuntos só atrapalhariam o trabalho do colegiado, e mais confundiriam do que esclareceriam.
Ao final das palavras de descrédito de Domingos, o diretor de Inteligência reagiu com certa indignação. “Não tenho turma. Sou Internacional [clube de futebol do Rio Grande do Sul], brasileiro, sou gaúcho”, enfatizou Lorenz, sugerindo que não teria combinado discurso com ninguém. "Não faço parte de panelinha, daqui a 360 dias vou me aposentar. Não faço parte da turma do doutor Luiz Fernando Corrêa [diretor-geral da PF].”
Após deixar a mesa de audiências da CPI, Lorenz se dirigiu aos jornalistas presentes à reunião para dizer que, por orientação do diretor-geral da PF, não daria detalhes adicionais sobre o tema dos grampos à imprensa. Segundo ele, apenas o Departamento de Comunicação Social da PF poderia prestar esclarecimentos aos veículos de comunicação.
“Tudo o que falei foi baseado na essência da verdade. Os esclarecimentos que prestei hoje já são suficientes”, concluiu. (Fábio Góis)
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