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Congresso em Foco
30/4/2008 | Atualizado às 14:46
Os deputados Índio da Costa (DEM-RJ) e Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relatores da CPI dos Cartões Corporativos, apresentaram hoje (30) cruzamentos feitos nos dados não-sigilosos dos cartões corporativos. Os deputados identificaram 452 estabelecimentos comerciais que têm contratos com órgão do governo federal e que aparecem nas transações dos cartões.
Esse número representa 1,18% das cerca de 38 mil empresas em que os portadores de cartões tiveram gastos. Pelo menos 473 sócios dessas empresas são ou foram servidores ou funcionários comissionados do governo, sendo que 320 ocuparam ou ainda ocupam cargos no Executivo.
Os estabelecimentos obtiveram um faturamento de R$ 615 mil com os cartões corporativos do final de 2002 até o início de 2008. Os contratos com a administração pública renderam no mesmo período R$ 651 milhões.
Os deputados identificaram um único caso de um servidor concursado que comprou com cartão corporativo em empresa da qual era sócio, mas se recusaram a dar detalhes de quem seria e qual o órgão. Índio da Costa afirmou que essa resposta será dada na próxima quarta-feira (7). Questionado se esse caso não seria irrelevante dentro de um número extenso de servidores, o deputado respondeu que o importante não era o número, mas sim a ilegalidade cometida.
“Eu não trato com quantidade, eu trato com princípio. O governo está rasgando dinheiro com o cartão corporativo”, afirmou.
Carlos Sampaio defendeu manutenção do cartão corporativo, mas disse que irá propor que os saques sejam feitos apenas com autorização prévia e que o Banco do Brasil restrinja o tipo de estabelecimento no qual o usuário poderá usar o cartão. Os cartões só podem ser usados para despesas de alimentação em viagens oficiais, para hospedagem e pequenas despesas e serviços. (Tatiana Damasceno)
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