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Renan volta a atacar Editora Abril

Congresso em Foco

9/8/2007 | Atualizado às 21:16

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a usar a estratégia de atacar os que o acusam. No final da tarde de hoje (9), ele foi à tribuna informar que mandou ofícios a diversos órgãos de investigação sobre a tentativa de venda da emissora de televisão por assinatura TVA a um grupo estrangeiro, a empresa de telefonia espanhola Telefônica. A TVA pertence à Editora Abril, que publica a revista Veja, veículo cujas reportagens se converteram em três representações contra Renan no Conselho de Ética.
 
Na terça-feira, Renan já tinha mandado ao Ministério Público Federal informações sobre o “escuso e pantanoso negócio” da Editora Abril. Em seu discurso de hoje, disse que agora enviou ofícios à Polícia Federal, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ao Ministério das Comunicações, à Comissão de Valores Mobiliários, ao governo e ao parlamento da Espanha, sede da Telefônica.
 
Em seu discurso, o presidente do Senado lembrou que a Editora Abril, proprietária de Veja, se diz defensora dos interesses nacionais. “É a mesma editora que recorre a um verdadeiro laranjal se tal proposta [a venda da TVA] vir adiante”, ironizou Renan. A última reportagem de Veja mostra que o senador usou laranjas para comprar rádios e um jornal em Alagoas.
 
Planejada
 
A ação de Renan foi cuidadosamente planejada para incomodar a revista e buscar apoio entre os senadores quando seus processos no Conselho de Ética forem apreciados pelo Plenário. Imediatamente após o discurso do presidente da Casa, um de seus principais aliados, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), levou em consideração as denúncias feitas e tomou a palavra.
 
Como presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicação, Salgado disse que, na próxima reunião, o colegiado vai fazer um requerimento a todos os órgãos citados por Renan para prestar esclarecimentos sobre a venda da TVA. “É uma denúncia muito séria”, comentou o senador mineiro, dando indicações de que seu gesto foi articulado previamente com o presidente da Casa.
 
Ao final de seu discurso, Renan acenou para os colegas, a fim de que eles não o encarassem como uma ameaça. Disse não ser dado a “roubos”. “Não serei algoz de ninguém.” O presidente do Senado afirmou preferir ser “vítima” a fazer julgamentos injustos.
 
Cheques
 
Renan aproveitou o discurso para dizer que hoje enviou à PF cópias dos cheques usados para comprar gado em Alagoas. No primeiro processo que responde no Conselho, ele é acusado de ter despesas pessoais pagas pela construtora Mendes Júnior. Para mostrar que tem renda suficiente, o peemedebista declarou possuir negócios agropecuários.
 
Noutro processo, é acusado de ter relações suspeitas com a cervejaria Schinchariol. O caso vai começar na semana que vem, quando o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), promete definir um relator. Outra representação – que ainda não virou processo – trata do uso de laranjas de Renan na compra de rádios e de um jornal.
 
Desespero
 
De acordo com um dos relatores do processo contra Renan, senador Renato Casagrande (PSB-ES), o discurso de hoje do parlamentar alagoano não muda a situação dele. “Ele não respondeu as denúncias.” Casagrande ressaltou que apóia a “ação de parlamentar” do presidente do Senado em fazer as denúncias contra o grupo Abril e afirmou que elas devem ser investigadas.
 
Já o líder do DEM, senador José Agripino (RN), declarou que a situação de Renan “continua na mesma”. “Eu não vejo a coisa como uma disputa pessoal. Para mim não muda nada”, afirmou. O parlamentar norte-riograndense reiterou que sua preocupação é com a “credibilidade da Casa” e defendeu o direito de Renan em apresentar as denúncias.
 
Procurada inicialmente pelo Congresso em Foco, a assessoria da Editora Abril disse que o discurso de Renan não trouxe nada de novo e que, por isso, a empresa não responderia ao senador. A editora reafirmou a nota que publicou há dois dias, quando o presidento do Senado atacou Veja pela primeira vez: "Veja investiga, apura e denuncia tudo o que prejudica o Brasil e os brasileiros e pretende continuar fazendo isso". Entretanto, a assessoria enviou uma nova nota posteriormente, afirmando que Renan está desesperado. (Eduardo Militão e Rodolfo Torres)
 Matéria publicada às 18h. Última atualização às21h16.
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