O vice-presidente da Airbus, Yannick Malinge, afirmou hoje (9), durante audiência da CPI do apagão aéreo que, de acordo com as análises dos gráficos das caixas-pretas do avião que caiu dia 17 de julho, matando 199 pessoas em São Paulo, não houve problemas elétricos ou mecânicos.
O relator da CPI, o deputado Marco Maia (PT-RS), ironizou o vice-presidente da fabricante do avião que caiu. “Ele não veio aqui como emissário, mas, sim, como um missionário para pregar a eficiência e a infalibilidade dos equipamentos da Airbus." O deputado diz que considera normal a postura tomada por Malinge, mas que ao mesmo tempo isso demonstra ser preciso mais responsabilidade nas investigações.
Em nota, a Airbus reafirmou que não houve falha mecânica e, de acordo com o vice-presidente da companhia, teve o aval do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa). A afirmação não agradou em nada os membros da CPI.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) diz que é contraditório o Cenipa afirmar que não pode dar informações conclusas sobre as causas do acidente e o representante da Airbus emitir um comunicado, como aval do Cenipa, excluindo a possibilidade de falha mecânica ou elétrica. "O Cenipa nunca devia era ter dado o aval para a Airbus, e conseqüentemente, para a TAM, dizendo que não há possibilidade de pane a partir da análise dos gráficos da caixa-preta." (Ana Paula Siqueira) Atualizada às 20h55