Em uma semana, o Ministério Público (MP) deverá concluir parte das investigações sobre parlamentares supostamente envolvidos com a compra superfaturada de ambulâncias com recursos do Tesouro Nacional. O caso foi passado às mãos do MP pela Corregedoria da Câmara sob a alegação de que a Casa não teria condições de realizar uma investigação desse porte. "Não sei se eu fosse culpado se estaria mais feliz [com a mudança]. Estaria muito mais preocupado agora, porque a Procuradoria tem mais condições de produzir provas que a Corregedoria", disse o corregedor
Ciro Nogueira.
A mudança pode esvaziar a tentativa de instalar uma CPI para investigar os sanguessugas, mas para Aldo Rebelo (PCdoB-SP), presidente da Câmara, os novos rumos nas investigações não significa que tudo acabará em "pizza". "O Congresso está interessado na investigação, na apuração da responsabilidade e na punição dos deputados", disse.
O resultado do trabalho do Ministério Público deverá ser encaminhado às Corregedorias da Câmara e Senado, se necessário, de acordo com o presidente do Congresso,
Renan Calheiros (PMDB-AL). "Tão logo essas informações cheguem [ao Congresso], o papel das duas Corregedorias é encaminhar direto para o Conselho de Ética", acrescentou.