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Corpo de delito

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14/1/2006 | Atualizado 15/1/2006 às 15:42

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Guillermo Rivera

Matéria publicada pela revista Veja desta semana mostra documentos apontando que Duda Mendonça, publicitário responsável pela campanha que elegeu o presidente Lula em 2002, tinha um esquema preparado para não contabilizar recursos para a Justiça Eleitoral - ou seja, para fazer o famoso "caixa dois". O responsável pela acusação e pela entrega dos documentos é um político cujo nome a revista não revela.

O "político sem nome" foi candidato a governador em 1998 com uma campanha que, extra-oficialmente, teria passado dos R$ 5 milhões, mas foi declarada por somente 10% deste valor: R$ 500 mil. O restante foi pago a Duda no caixa dois - em reais, dólares, cheques pré-datados, por empreiteiras e em contas no exterior, conforme a sugestão do marqueteiro.

A revista diz ter tido acesso a documentos que provam essa armação. Em carta enviada ao cliente, em 29 de junho de 1998, a sócia de Duda, Zilmar Fernandes, cobra agilidade na assinatura do contrato formal "para evitar problemas legais" e sugere até o custo oficial da propaganda de campanha, "entre R$ 500 mil e R$ 700 mil." Um contrato já havia sido assinado seis meses antes e estabelecia o valor global da propaganda em R$ 5 milhões, sendo que R$ 3,3 milhões seriam quitados durante o primeiro turno.

O pacote eleitoral do publicitário previa também uma espécie de cláusula de sucesso. Em caso de vitória, as empresas de Duda cuidariam das principais contas publicitárias do governo. Duda argumentava que isso, na hora da reeleição, realimentaria a campanha, já que uma parte do dinheiro ficaria reservada para esse fim. Em outras palavras, os contratos seriam superfaturados e a diferença abasteceria o caixa de campanha do governador. "Uma tecnologia inovadora de sustentabilidade das campanhas", declara a revista.

Novas contas

A CPI dos Correios definiu, na última semana, que vai enviar aos Estados Unidos um grupo de parlamentares com a missão de obter os extratos bancários de uma nova conta do publicitário. Ela foi descoberta no fim do ano passado em Miami. O publicitário já havia, em depoimento à comissão em agosto do ano passado, confessado que tinha uma conta no exterior, mas nada havia dito sobre essa segunda conta. No entanto, acreditam técnicos que assessoram a comissão, é plausível que haja uma terceira e até mesmo uma quarta, conta de Duda fora do Brasil.

A edição desta semana de Veja também revela que o publicitário tem mais duas contas no exterior, nos chamados paraísos fiscais do Caribe. Uma delas, apura a revista, estaria na agência do Guaranty Trust Bank Limited em Nassau, capital das Bahamas. A segunda, no JPMorgan Chase das Ilhas Cayman.

Em 2004, o saldo da conta das Bahamas teria atingido US$ 1,5 milhão. O da segunda conta, ? 4,7 milhões. A revista disse que as informações e os números das duas contas não vieram do Brasil, mas foram levantados na Argentina, "onde Duda comandou sete campanhas eleitorais e acumulou inimigos."

A matéria, assinada por Marcio Aith, afirma que "ainda não há provas de que essas duas contas realmente existam". No entanto, aponta dois indícios de que tais suspeitas podem se confirmar. Quando informou ao Ministério Público brasileiro que há indícios de outras contas de Duda fora do Brasil, o promotor de Nova Iorque, Adam Kaufmann, mencionou também as ilhas das Bahamas, e não apenas o estado da Flórida. "Além disso, o próprio advogado de Duda, Tales Castelo Branco, admitiu que novas contas do publicitário podem aparecer", afirma a reportagem.

Alguns parlamentares não se conformam com o ritmo das investigações. "O governo está blindando o Duda. É um absurdo a gente ficar sabendo de uma coisa dessas pela imprensa", diz o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), que avalia a possibilidade de convocar o publicitário para um novo depoimento à CPI dos Correios.

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