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Congresso em Foco
15/6/2007 | Atualizado 16/6/2007 às 8:44
Reportagem publicada na Folha de S. Paulo diz que a Polícia Federal encaminhará hoje (15) ao procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, relatório no qual aponta indícios de que dois deputados receberam dinheiro do empresário Zuleido Veras.
O dono da construtora Gautama é apontado pela PF como coordenador da máfia das obras públicas desbaratada na Operação Navalha. Os deputados citados nas investigações são Paulo Magalhães (DEM-BA) e Maurício Quintella Lessa (PR-AL).
Por serem congressistas, os dois gozam de foro privilegiado e só podem ser investigados com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) mediante a provocação do procurador-geral da República.
Em seu relatório, informa a repórter Andréa Michael, a PF relata que as interceptações telefônicas registram que ambos os deputados mantêm contatos com o empreiteiro em diálogos que sugerem supostos pedidos de pagamento.
O nome de Paulo Magalhães, sobrinho do senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), já aparecia no inquérito presidido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O relatório das escutas dizia que "Zuleido fala sobre pagamento de R$ 20 mil ao deputado [Magalhães]".
Em uma das conversas captadas pela PF entre o empreiteiro e o deputado, Zuleido autoriza Magalhães a falar em nome da empresa em conversa que teria no Tribunal de Contas da União (TCU).
A situação dos dois parlamentares se complicou com a apreensão de uma agenda do diretor financeiro da Gautama, Gil Jacó Carvalho Santos, que foi preso durante a operação policial.
Ainda segundo a Folha, em anotações de próprio punho, Gil registra em diferentes dias os nomes de Magalhães e de Quintella (primo do ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa) associados a valores.
“Em sua agenda, ele escreve à caneta os nomes dos deputados de maneiras diferentes. Usa, por exemplo, ‘P. Mag.’, ‘M. Qui’ ou ‘Maurício Q’. No entendimento da PF, os supostos pagamentos teriam um caráter regular”, diz a reportagem.
Procurado pela Folha, Quintella disse, por meio de sua assessoria, "que não tem nada a declarar, porque não tem nenhum envolvimento com nenhuma fraude a licitação". O deputado Paulo Magalhães não foi localizado em seu gabinete em Brasília na tarde de ontem. Mas ele já havia negado envolvimento com a organização criminosa assim que surgiram as primeiras denúncias de que havia recebido dinheiro da Gautama. (Edson Sardinha)
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