Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
domingo, 6 de julho de 2025
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Rubens Paiva conclamou povo contra o golpe em 64. Ouça o discurso
[Erro-Front-CONG-API]: Erro ao chamar a api CMS_NOVO.

{ "datacode": "BANNER", "exhibitionresource": "NOTICIA_LEITURA", "assettype": "NO", "articlekey": 106699, "context": "{\"positioncode\":\"Leitura_Noticias_cima\",\"assettype\":\"NO\",\"articlekey\":106699}" }

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

AINDA ESTOU AQUI

Rubens Paiva conclamou população contra golpe. Ouça o discurso

Pronunciamento histórico feito pelo deputado enquanto militares tomavam o poder só foi encontrado 50 anos depois.

Congresso em Foco

5/3/2025 | Atualizado às 10:58

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Na madrugada de 1º de abril de 1964, enquanto o golpe militar estava em curso, o então deputado federal Rubens Paiva (PTB-SP) fez um discurso ao vivo pela Rádio Nacional, denunciando o movimento golpista e defendendo a legalidade do governo João Goulart. O discurso histórico, encontrado apenas em 2014, meio século depois, nos arquivos da EBC, é um apelo à resistência pacífica contra a destituição do presidente legitimamente eleito pelo povo. Ouça o pronunciamento na íntegra:

O deputado seria cassado na semana seguinte pelos militares. Em 1971, ele foi retirado de casa, torturado e morto nas dependências do DOI-Codi no Rio de Janeiro. Seus restos mortais nunca foram encontrados. Seus assassinos até hoje não foram punidos. No último domingo (2), Rubens Paiva fez história novamente com a conquista do primeiro Oscar do cinema brasileiro. A história do deputado e de sua família, liderada pela esposa, Eunice Paiva, conquistou o país e o mundo com o filme Ainda estou aqui, dirigido por Walter Salles Jr.

Rubens Paiva e família. Luta de sua esposa, Eunice, é retratada no premiado filme

Rubens Paiva e família. Luta de sua esposa, Eunice, é retratada no premiado filme "Ainda estou aqui"Reprodução

Em seu pronunciamento, Rubens Paiva criticou abertamente o governador de São Paulo, Ademar de Barros, um dos apoiadores do golpe, e convocou trabalhadores e estudantes a acompanhar as transmissões da Rádio Nacional, que, em conjunto com outras emissoras, formava uma rede em defesa da legalidade.

Ele defendeu uma mobilização pacífica em apoio às reformas de base propostas por Goulart, refutando as alegações que justificavam o golpe.

Está lançada inteiramente para todo o país o desafio: de um lado, a maioria do povo brasileiro desejando as reformas e desejando que a riqueza se distribua ao lado da legalidade do presidente João Goulart; do outro, estão os golpistas, que devem ser repelidos e, desta vez, definitivamente para que o nosso país veja realmente o momento da sua libertação raiar, conclamou.

Nos dias seguintes, Paiva ajudou a levar o então ministro Darcy Ribeiro, da Casa Civil, e o então consultor-geral da República, Waldir Pires, para o Rio Grande do Sul, numa tentativa frustrada de resistência. Em 10 de abril, foi cassado pelo AI-1, primeiro dos atos institucionais da ditadura. Naquele mesmo dia, outros 40 deputados também tiveram seus mandatos populares retirados pelos militares.

Justiça

A partir do caso de Rubens Paiva e de outros opositores do regime, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá, em breve, se a Lei da Anistia abrange crimes de sequestro e cárcere privado cometidos durante a ditadura militar (1964-1985). A decisão, tomada no Plenário Virtual, terá repercussão geral e valerá para outros processos. A morte do deputado só foi reconhecida pelo Estado 43 anos depois de seu desaparecimento.

São acusados de matar e ocultar o cadáver de Rubens Paiva o general reformado do Exército José Antônio Nogueira Belham e os militares Rubens Paim Sampaio, Raymundo Ronaldo Campos, Jurandyr Ochsendorf e Jacy Ochsendorf. Desses, apenas o primeiro e o último estão vivos. Eles foram denunciados pelo Ministério Público Federal. Caberá ao STF determinar o andamento do caso ou não.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

ditadura Rubens Paiva golpe militar Ainda Estou Aqui João Goulart

Temas

Democracia

LEIA MAIS

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Socióloga que investigou 2013 vê possibilidade de direita voltar à rua

Política

Há 71 anos, Vargas escapou do impeachment, mas não da crise

Data simbólica

Há 63 anos, o Acre era elevado à categoria de Estado

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

Senado

Mecias de Jesus propõe acordo individual para trabalho aos domingos

2

PEDRO CAMPOS

PSB quer Alckmin vice de novo e reforma sem vilanizar servidor

3

Câmara dos Deputados

Erika Hilton convoca manifestação pelo fim da escala 6X1

4

Eleições partidárias

PT elege novo presidente do partido neste domingo

5

Audiência pública

Câmara debate aposentadoria especial para agentes de saúde

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES

[Erro-Front-CONG-API]: Erro ao chamar a api CMS_NOVO.

{ "datacode": "BANNER_VAST", "exhibitionresource": "NOTICIA_LEITURA", "context": "{\"positioncode\":\"VAST_Leitura_Noticias\"}" }