Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Educação
Congresso em Foco
11/3/2025 12:15
O ex-deputado Israel Batista, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), ressaltou a importância da autonomia das redes estaduais e municipais de ensino na aplicação da norma que limita o uso de celulares nas escolas em todo o Brasil. Em audiência pública do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, Batista destacou as diretrizes operacionais aprovadas pelo CNE para a implementação da lei, o que inclui a capacitação contínua dos educadores para o uso pedagógico da tecnologia e o respeito à realidade de cada instituição de ensino.
"Tem escola que vai permitir que o estudante guarde na mochila; tem escola que já diz que é melhor guardar longe do aluno, porque pode gerar conflito entre estudante e professor; outras escolas vão colocar postos na entrada para o aluno colocar o celular ali assim que chegar à escola", mencionou o conselheiro. "Claro que nem toda escola pode fazer isso: em regiões conflagradas, essa salinha onde vai se guardar o celular pode se tornar alvo de ladrões. Tudo isso a gente está respeitando, dando autonomia às escolas", complementou Israel Batista.
Secretário Municipal de Educação do Rio de Janeiro, o deputado licenciado Renan Ferreirinha afirmou que a medida registrou resultados positivos nas instituições que conseguiram adotá-la de forma eficaz. "Tivemos, entre os alunos do nono ano, performance em matemática 53% maior do que nas escolas que ainda estavam enfrentando dificuldade de implementação", afirmou. "Ou seja, o resultado acadêmico vem." Ferreirinha também destacou a redução do bullying e do cyberbullying nas escolas do Rio.
Já a diretora de Apoio à Gestão Educacional no Ministério da Educação, Anita Stefani, mencionou dados da pesquisa TIC Kids Online Brasil, que indicam que 69% das crianças entre 9 e 10 anos já possuem celular, número que chega a 79% entre crianças de 11 e 12 anos. Nessa faixa etária, 70% têm perfis ativos em redes sociais, mesmo que isso seja proibido. Ela ressaltou que, na internet, crianças e adolescentes têm acesso a conteúdos sensíveis que impactam sua saúde mental.
O especialista em Educação Digital do Instituto Alana, Rodrigo Nejm, destacou a importância de que a restrição ao uso de celulares nas escolas seja acompanhada de uma educação digital crítica, visando a emancipação digital de crianças e adolescentes. "Os dados da [pesquisa] TIC Kids também mostram que os estudantes são os que ensinam os familiares, os avós, os pais a usarem serviços de banco digital, a acessarem benefício público, a obterem uma informação sobre saúde ou verificarem uma informação que está em dúvida na internet", disse. "Então, os estudantes são transformadores também no conjunto maior das nossas famílias e sociedade", acrescentou.
Mariana Chagas, representante da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), apontou a necessidade de que os próprios alunos estejam presentes e sejam ouvidos nas discussões sobre a implementação das medidas.
Tags
LEIA MAIS
CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
CCS adia discussão sobre regulamentação de vídeo sob demanda
Lei do Estagiário
Erika Hilton apresenta projeto que amplia direito para estagiários
RELAÇÕES EXTERIORES
Luizianne Lins rejeita termo de deportação acelerada em Israel