Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
INCLUSÃO
Congresso em Foco
23/3/2025 9:00
A deputada Dayany Bittencourt (União-CE) apresentou o à Câmara dos Deputados o projeto de lei 82/2025, que propõe reconhecer pessoas com altas habilidades ou superdotação como pessoas com deficiência, desde que cumpridos os critérios da Lei Brasileira de Inclusão. O objetivo é garantir com que estas pessoas tenham acesso às mesmas políticas públicas destinadas às demais formas de neurodivergência.
Segundo o texto, a condição deverá ser atestada por avaliação biopsicossocial, feita por equipe multiprofissional. A definição abrange tanto a manifestação de desempenho elevado em áreas do conhecimento, quanto habilidades cognitivas acima da média.
O projeto determina a atuação integrada das áreas de saúde, educação e assistência social para garantir diagnóstico e atendimento especializado. Também autoriza o poder público a criar serviços voltados a esse público, com equipes especializadas e possibilidade de parcerias com entidades privadas.
Além disso, a deputada propõe o reconhecimento dessas condições como critério de prioridade para ingresso no Bolsa Família.
Necessidade ignorada
Na justificativa, a autora afirma que a proposta "visa atender a uma demanda social relevante e pouco explorada no Brasil". E acrescenta: "embora tais características não sejam consideradas deficiências, elas podem colocá-las em situações de vulnerabilidade social comparáveis às enfrentadas por pessoas com deficiência".
Ainda segundo a parlamentar, "a ausência de uma cultura que promova a inclusão integral dessas pessoas, aliada a estereótipos e preconceitos, contribui para marginalizá-las e limitar seu potencial de desenvolvimento pleno".
A deputada menciona que há subnotificação de casos e que a falta de ferramentas para identificação prejudica o mapeamento dessas pessoas no País. "Apesar de apresentarem um potencial acima da média, essas pessoas frequentemente enfrentam dificuldades em obter o suporte educacional e financeiro de que necessitam", afirma.
Tramitação
O projeto se encontra na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiências, sob relatoria da deputada Talíria Petrone (Psol-RJ).
Se aprovado, seguirá para as comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; Educação; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania. A proposta será apreciada em caráter conclusivo, ou seja, pode ser aprovada sem passar pelo plenário, caso não haja recurso para votação em conjunto dos deputados.
Identificação Médica
Senador propõe cartão que identifica usuários de dispositivos médicos