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VATICANO

Conheça a história de Leão XIII, reformista homenageado pelo novo papa

Último papa a carregar o nome Leão protagonizou mudanças intensas na Igreja, especialmente ao tratar dos direitos dos trabalhadores.

Congresso em Foco

8/5/2025 18:45

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O novo papa eleito, Robert Francis Prevost Martínez, escolheu o nome Leão XIV, em homenagem a Leão XIII, figura marcante da Igreja Católica no final do século XIX. A escolha carrega um simbolismo poderoso: Leão XIII foi um reformador silencioso, um intelectual aberto ao mundo moderno e um defensor firme da autoridade papal. 

Sua trajetória, marcada por equilíbrio entre tradição e inovação, moldou o papel do Vaticano diante das transformações da revolução industrial. Seu papado ficou conhecido especialmente pela encíclica Rerum Novarum, carta aberta em que negou ideologias extremistas e defendeu os direitos dos trabalhadores.

Leão XIII foi papa entre 1878 e 1903.

Leão XIII foi papa entre 1878 e 1903.Arquivo/Library of Congress

Da obscuridade à liderança da Igreja

Nascido em 1810 no extinto Estado Papal, Vincenzo Gioacchino Pecci, Leão XIII assumiu o papado em 1878, após décadas à frente da Diocese de Perugia. Durante esse período, promoveu reformas educacionais, combateu abusos administrativos e reestruturou a formação dos padres. Apesar de estar longe dos centros de poder e ser visto com desconfiança por setores conservadores, seu trabalho pastoral chamou atenção por sua clareza e energia.

Sua eleição foi considerada uma transição intensa diante do papado de seu antecessor, Pio IX, pontífice cuja trajetória foi marcada pela intensa atuação política contrária à unificação da Itália.

Conciliador, mas firme nos princípios

Leão XIII manteve posições rígidas em temas tradicionais, como a defesa da soberania temporal do papa e a condenação à maçonaria. Ainda assim, manteve uma postura conciliadora. Conseguiu reatar relações com governos europeus laicos e protestantes, promovendo também a aproximação com as correntes cristãs orientais e com a Comunhão Anglicana.

Ele acreditava que Igreja e Estado podiam coexistir em harmonia dentro das sociedades modernas. Essa visão se refletiu em 1891 na encíclica Rerum Novarum, marco da doutrina social da Igreja, em que abordou as dificuldades vividas por operários industriais e condenou tanto o socialismo marxista quanto o liberalismo selvagem, defendendo direitos trabalhistas e a dignidade humana.

O documento serviu como fundamento para diversas correntes políticas e econômicas no mundo inteiro, inclusive os movimentos trabalhistas no Brasil.

Um papa atento ao mundo moderno

O pontífice também demonstrou interesse pelo avanço do conhecimento. Incentivou a abertura dos arquivos do Vaticano para pesquisadores, modernizou o ensino e estimulou o estudo das ciências bíblicas. A encíclica Providentissimus Deus, de 1893, orientou os católicos sobre como ler textos sagrados com responsabilidade intelectual, sem abrir mão da fé.

Em seu esforço por uma Igreja mais preparada, fundou colégios e promoveu o estudo de Santo Tomás de Aquino, consolidando o tomismo como base do pensamento teológico católico.

Atuação diplomática

Leão XIII foi o primeiro papa do segundo milênio a assumir a função sem um país para governar: o Estado Papal, que por séculos controlou o centro da Itália, foi extinto em 1870 com a conquista italiana de Roma. O Estado Vaticano só viria a ser fundado enquanto país independente décadas depois, em 1929. Mesmo assim, ele conseguiu se estabelecer como um diplomata habilidoso.

Seu pontificado contou com a aproximação diplomática com países do mundo inteiro, inclusive com o recém-fundado Império Alemão, abertamente anticatólico. Leão XIII colaborou para o fim da política interna de perseguição cultural às comunidades católicas, chegando a estreitar uma relação pessoal com o imperador Guilherme II.

Com relação ao Brasil, ele também colaborou com os movimentos abolicionistas, tendo publicado em 1888 a encíclica In plurimis, na qual orientou o episcopado do Brasil a promover ações de enfrentamento à escravidão.

Escolha do nome

A escolha do nome Leão XIV por parte de Prevost sinaliza não apenas um tributo, mas potencialmente uma intenção. Assim como seu antecessor, ele assume o trono de Pedro em tempos de mudança e desafios econômicos e diplomáticos mundiais. A memória de Leão XIII ressurge como exemplo de prudência, inteligência e disposição ao diálogo sem abrir mão dos princípios.

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