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NOVAS REGRAS ELEITORAIS

CCJ analisa nesta quarta o novo Código Eleitoral em meio a polêmicas

Fim da cota para candidaturas femininas, mudança na Ficha Limpa e anistia para partidos despertam críticas. Veja o que pode mudar.

Congresso em Foco

11/6/2025 8:14

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado analisa nesta quarta-feira (11) o parecer do senador Marcelo Castro (MDB-PI) sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) 112/2021, que cria um novo Código Eleitoral Brasileiro. A proposta tem como objetivo consolidar quase 900 artigos em um único texto, sistematizando normas atualmente dispersas em mais de sete leis. O relator deve apresentar uma complementação de voto na reunião de hoje, conforme prometido por ele na última reunião que tratou do assunto, no dia 28 de maio.

Marcelo Castro é o relator do novo Código Eleitoral e refuta críticas às mudanças propostas.

Marcelo Castro é o relator do novo Código Eleitoral e refuta críticas às mudanças propostas. Geraldo Magela/Agência Senado

Apesar da intenção de modernizar e dar clareza à legislação, o texto enfrenta resistências dentro e fora do Congresso por prever mudanças polêmicas, como a revogação da cota mínima de candidaturas femininas, a regulamentação do uso de inteligência artificial, a anistia para partidos políticos e a quarentena para agentes públicos que pretendem disputar eleições.

Fim da cota obrigatória de 30% para candidaturas femininas

O que muda:

O novo Código revoga a regra que obriga os partidos a preencherem pelo menos 30% das candidaturas com mulheres. Em seu lugar, o projeto propõe a reserva de cadeiras: 20% das vagas nos Legislativos seriam destinadas a mulheres eleitas.

Argumento do relator:

Castro afirma que a atual cota tem sido ineficaz e alvo de fraudes, como o uso de candidaturas "laranjas". Ele defende que a reserva de cadeiras, combinada com financiamento obrigatório, seria mais eficiente.

Reação:

A bancada feminina pressiona o relator a recuar, por temer uma queda ainda maior na representação feminina. A proposta também foi criticada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que a classificou como "não razoável".

Uso de inteligência artificial nas campanhas

O que prevê:

O relatório regulamenta o uso de IA em campanhas, permitindo sua utilização desde que haja transparência e identificação clara do conteúdo automatizado. Também proíbe deepfakes e conteúdos sintéticos que simulem falas ou imagens falsas.

Regras para plataformas:

Sinalizar conteúdos patrocinados com IA

Manter registros de impulsionamento

Cooperar com a Justiça Eleitoral

Penalidades:

A disseminação de conteúdo falso com IA poderá configurar crime eleitoral, com pena de até quatro anos de reclusão.

Redução da quarentena para agentes públicos

O que muda:

A quarentena eleitoral foi reduzida de quatro para dois anos no novo relatório.

Como era:

O texto original previa quatro anos de afastamento para juízes, membros do Ministério Público, policiais e militares.

Como ficou:

Agora, o afastamento obrigatório será de dois anos antes do pleito para todos os agentes listados.

Justificativa:

Castro se baseou em audiências públicas e no posicionamento do ministro Luís Felipe Salomão, que considera dois anos um prazo razoável.

Críticas:

Entidades como o Instituto Sou da Paz, Justiça Global e Instituto Vladimir Herzog defendem a manutenção dos quatro anos, por entenderem que a mudança pode comprometer a imparcialidade institucional.

Restrição ao poder da Justiça Eleitoral

O que muda:

A Justiça Eleitoral não poderá impedir partidos de concorrerem apenas pela desaprovação de contas.

Limita a atuação de juízes eleitorais em casos de propaganda irregular e fake news.

Críticas:

Críticos alegam que isso enfraquece o poder fiscalizador da Justiça Eleitoral e pode beneficiar partidos com histórico de irregularidades.

Anistia e refinanciamento de multas partidárias

O que muda:

Permite que futuras leis refinanciem dívidas por descumprimento de cotas de gênero e raça.

Erros de até 20% nos gastos do Fundo Partidário não implicarão reprovação das contas.

Críticas:

A medida pode ser vista como anistia disfarçada, enfraquecendo ações afirmativas.

Inelegibilidade

O que muda

Fixação do prazo máximo de 8 anos, contado da decisão colegiada até o trânsito em julgado.

A mudança pode permitir retorno mais rápido de condenados ou perda de mandato ainda com recurso pendente.

Crítica

Para o ex-juiz Márlon Reis, um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa, a mudança dificulta sua aplicação.

Propaganda eleitoral e fake news

O que muda:

Libera manifestações públicas de pré-candidatos fora do período de campanha, desde que não haja pedido explícito de voto.

Cria crime específico para divulgação de fake news eleitorais.

Críticas:

A flexibilização pode favorecer candidatos com mais recursos.

A definição legal de fake news ainda é considerada vaga.

Uso de verba pública para advogados e contadores

O que muda:

Autoriza o uso do Fundo Eleitoral (FEFC) para pagamento de honorários advocatícios e contábeis, inclusive fora do limite de gastos de campanha.

Críticas:

A medida pode permitir o uso de verbas públicas com despesas privadas, o que preocupa órgãos de controle.

Candidaturas coletivas

O que muda:

Reconhece formalmente candidaturas coletivas para cargos proporcionais.

Críticas:

Críticos apontam insegurança jurídica e dificuldades na responsabilização dos membros do coletivo.

Limitação à adoção de novas tecnologias nas eleições

O que muda:

Novas tecnologias só poderão ser usadas com autorização do Congresso.

Estabelece auditorias obrigatórias com entidades como OAB, TCU e Forças Armadas.

Críticas:

O envolvimento das Forças Armadas levanta preocupações sobre politização e deslegitimação do sistema de votação eletrônico.

Restrições à responsabilização por abuso de poder

O que muda:

Condiciona a cassação por abuso de poder à prova de que o ato foi determinante para o resultado da eleição.

Críticas:

A nova regra pode aumentar a impunidade em casos de abuso de poder, dificultando sua comprovação.

Controle e auditoria do sistema eleitoral

O que críticas:

Amplia os atores autorizados a auditar urnas, como OAB, universidades e Forças Armadas.

Críticas:

A medida é vista por críticos como tentativa de questionar a segurança das urnas eletrônicas.

Outras mudanças:

Campeonatos de cortes de vídeo

Proibição de premiações para a produção de vídeos eleitorais com viés promocional, considerados "showmícios virtuais".

Próximos passos

A votação na CCJ foi adiada por pedido de vista coletiva. O relator espera aprovar o novo Código até outubro, prazo necessário para que as regras entrem em vigor nas eleições de 2026. Caso o Senado aprove alterações, o projeto terá de retornar à Câmara dos Deputados.

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