Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Juristas questionam provocação eleitoral de Bolsonaro com a bandeira ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Eleições 2022

Juristas questionam provocação eleitoral de Bolsonaro com a bandeira do Brasil

Buscando provocar opositores, Jair Bolsonaro estendeu uma bandeira de mais de 200m² na fachada do palácio do Planalto.

Congresso em Foco

15/10/2022 | Atualizado às 17:58

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Para provocar opositores e a justiça eleitoral, Bolsonaro estendeu uma bandeira do Brasil na fachada do Palácio do Planalto. Foto: Reprodução twitter

Para provocar opositores e a justiça eleitoral, Bolsonaro estendeu uma bandeira do Brasil na fachada do Palácio do Planalto. Foto: Reprodução twitter
Na noite da última sexta-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro determinou que uma bandeira do Brasil de 280 metros quadrados fosse pendurada na fachada do Palácio do Planalto, em frente à Praça dos Três Poderes. Em transmissão ao vivo, Bolsonaro confirmou ter sido sua a ordem, em provocação a seus adversários e à Justiça Eleitoral. Em ação anterior, o PT, solicitou na justiça eleitoral que fosse removida a bandeira exposta na Assembleia de Deus de Belém (PA) por compreender que se tratava de uma ação eleitoral. Originalmente, Bolsonaro havia ordenado que a bandeira, utilizada no mastro especial da Praça dos Três Poderes, fosse exposta no Palácio da Alvorada, o qual o presidente se referiu como "minha casa". Os pilares da residência oficial, porém, eram mais baixos que a bandeira, que foi transferida para o Planalto. "Acho que ninguém vai ter coragem de falar 'retira daí, senão vou dar uma multa de não sei quanto por dia'. É a nossa bandeira do Brasil. A questão da censura é devagar. Certas coisas não se perdem de uma hora para a outra, você perde com o tempo", declarou na transmissão. Bolsonaro sustentou que não se trata de uma ação eleitoral, tendo como base a própria decisão da justiça eleitoral do Pará, que havia recusado o pedido do PT sobre o caso da Assembleia de Deus em Belém. Em sua justificativa, a juíza Blenda Nery Rigon Cardoso considera que não há vedação legal para o uso da bandeira em templos ou edifícios particulares, e "o fato de terceiros fazerem alusão a determinado candidato não é motivo suficiente para transmudar um ato lícito em ilícito eleitoral".

Juristas discordam

O advogado Joelson Dias, ex-ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém, considera questionável afirmar que não houve ação eleitoral no caso do Planalto, prédio público cujo uso em campanha eleitoral é vedado. "Alguns defenderão a inexistência de qualquer irregularidade. Outros já dirão que configura ilícito eleitoral justamente porque uma das campanhas se apropriou ou pretende se apropriar da bandeira como um símbolo da própria campanha, que então não poderia ser usada ou pelo menos desfraldada na fachada do órgão público (ao invés de regularmente hasteada)", explica. Outro fator que leva o jurista a considerar a possibilidade de se tratar de um ato de campanha eleitoral é o efeito desejado pelo presidente e seus assessores. "Qualquer um que ousar questionar o uso da bandeira será imediatamente taxado de antipatriota ou mesmo de comunista, tentando comprovar, portanto, eventuais fake news e a desqualificação que se quer impor ao candidato adversário", ressaltou. Também avaliou da mesma forma o advogado eleitoral Isaac Simas. "Um presidente estender a bandeira do país que governa no palácio presidencial não deveria ser de forma alguma um abuso de qualquer maneira. Todavia, o contexto de utilização da bandeira brasileira pelo grupo político bolsonarista transmutou-a em uma representação desse grupo, desvinculando-se de sua caracterização primária como símbolo nacional. Tanto é que, quando se vê uma bandeira brasileira, seja em carros ou em janelas de apartamentos, a primeira ligação feita é com os apoiadores do atual presidente, e não com o símbolo patriótico propriamente dito", avalia. Simas relembra que, ao longo de sua campanha, Bolsonaro constantemente procura cooptar símbolos nacionais à sua imagem. "Acredito ser a mesma questão de realizar as lives semanais, agora em efetivo tom de campanha, do Palácio da Alvorada. Isso fere a isonomia entre os candidatos. Sem falar no alcance de propaganda gerada pela imagem da bandeira e possivelmente sua inserção em materiais de campanha do candidato à reeleição", ressaltou.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

TSE Jair Bolsonaro palácio do planalto eleições 2022

Temas

Governo Democracia Notícia Eleições

LEIA MAIS

RELATÓRIO DA PF

Abin Paralela: entenda alegações contra Bolsonaro, Carlos e Ramagem

Saúde Pública

Ministro da Saúde lança Frente Parlamentar de combate à Malária

INQUÉRITO DO GOLPE

PF vê Braga Netto no centro de trama para minar eleições de 2022

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Veja como cada deputado votou na urgência para derrubar decreto do IOF

2

CONGRESSO NACIONAL

Nikolas diz que errou ao votar a favor de veto sobre vítimas da zika

3

DERROTA DO GOVERNO

O que o Congresso derrubou: veja ponto a ponto os vetos rejeitados

4

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

PL das Eólicas: derrubar veto deve garantir empregos e reduzir impacto

5

ECONOMIA

Hugo Motta: urgência contra aumento do IOF é "recado da sociedade"

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES