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CONDENADA E FORAGIDA

Deputado italiano cobra Itália por não prender Carla Zambelli

Angelo Bonelli questiona como deputada brasileira entrou no país mesmo com ordem de prisão internacional e se governo de direita da Itália dá cobertura a ela.

Congresso em Foco

12/6/2025 11:42

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A fuga da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) e a inclusão de seu nome na lista de foragidos da Interpol voltaram a repercutir entre autoridades italianas. O deputado Angelo Bonelli, do partido Europa Verde, enviou um ofício ao governo da primeira-ministra Giorgia Meloni questionando como a parlamentar brasileira conseguiu entrar no país mesmo com um mandado de prisão internacional expedido pela Justiça brasileira. Ele também quer saber por que Zambelli não foi monitorada pelas autoridades policiais da Itália e se ela conta com algum tipo de proteção no país (veja a lista de perguntas mais abaixo).

Carla Zambelli entrou na Itália horas antes de ter seu nome incluído na lista de foragidos da Interpol. Deputada diz que é

Carla Zambelli entrou na Itália horas antes de ter seu nome incluído na lista de foragidos da Interpol. Deputada diz que é "intocável" no país europeu.Pedro Ladeira/Folhapress

No documento, endereçado aos ministros das Relações Exteriores, do Interior e da Justiça da Itália, Bonelli apresenta um histórico das acusações contra Zambelli, destaca sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e menciona o uso da cidadania italiana como estratégia, admitida por ela mesma, para escapar da pena de 10 anos de prisão. Depois de deixar o Brasil, ela pediu afastamento da Câmara para tratar de assuntos particulares por 127 dias.

O parlamentar italiano também questiona se o governo da Itália concedeu cidadania ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a seus filhos. E pergunta se há intenção de proibir a entrada no país de pessoas acusadas de tentativa de golpe de Estado, a exemplo de Jair Bolsonaro.

Antes mesmo de Zambelli desembarcar no país europeu, Bonelli já havia alertado os ministros italianos e sugerido que a brasileira fosse deportada, para evitar que a Itália se tornasse um "paraíso" para pessoas condenadas. Atendendo à determinação do STF, o Ministério da Justiça brasileiro já encaminhou um ofício ao Itamaraty solicitando providências junto ao governo italiano para viabilizar a extradição da deputada.

Zambelli, por sua vez, argumenta que, por também ter nacionalidade italiana, não poderia ser enviada de volta ao Brasil em nenhuma hipótese. Juristas, no entanto, contestam essa interpretação.

Segundo Bonelli, o governo italiano deverá se manifestar sobre os questionamentos nesta sexta-feira (13). Veja abaixo as perguntas que ele apresentou:

  • Por que Carla Zambelli não foi detida ou monitorada pela polícia italiana ao desembarcar no aeroporto de Fiumicino, mesmo com o Ministério do Interior ciente, desde 4 de junho, de sua intenção de entrar no país?
  • Por que o governo italiano não executou o mandado de prisão internacional emitido pela Interpol?
  • Existem ou quais são as coberturas e apoios que estão garantindo ou podem garantir a permanência de Zambelli na Itália durante sua condição de foragida?
  • Quais medidas urgentes os ministros competentes pretendem adotar para cumprir a Lei n.º 144/1991, que regula a extradição entre Itália e Brasil, especialmente no caso de Zambelli?
  • O ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ou obteve cidadania italiana?
  • Quais membros de sua família (Eduardo, Flávio, Carlos e Renan) também pediram ou conseguiram essa cidadania?

Ele pergunta ainda se:

O governo italiano pretende modificar a Lei n.º 91/1992 para permitir a revogação da cidadania nos seguintes casos:

  • Golpe ou tentativa de golpe de Estado;
  • Crimes contra a humanidade;
  • Incitação à subversão violenta da ordem econômica, social, política ou jurídica do Estado?

Zambelli foi condenada pelo STF, em maio, a 10 anos de prisão por participar da invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto. O objetivo seria inserir documentos forjados, incluindo um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. A Corte também determinou a cassação de seu mandato, que ainda precisa ser ratificada pelo Plenário da Câmara, segundo o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

"Sou intocável"

A deputada responde ainda a processo por ter apontado uma arma contra um adversário político durante a campanha eleitoral de 2022. Ela deixou o Brasil no dia 25 de maio rumo aos Estados Unidos. Em entrevista à CNN, declarou que seguiria para a Itália: "Tenho passaporte italiano... podem acionar a Interpol, mas na Itália sou intocável". Disse também que buscava atendimento médico mais acessível, alegando que o sistema de saúde italiano seria mais barato do que o norte-americano.

Embora a Interpol tenha emitido o alerta vermelho para sua captura em 5 de junho, Zambelli já havia desembarcado em Roma naquele mesmo dia, às 11h10. Mesmo com as autoridades cientes da situação, ela passou sem restrições pelos controles do aeroporto de Fiumicino e, desde então, está foragida e com paradeiro desconhecido.

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angelo bonelli Carla Zambelli Interpol Alexandre de Moraes impunidade STF

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