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Internacional
Congresso em Foco
13/6/2025 18:05
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou na manhã desta sexta-feira (13), durante discurso na Cúpula Brasil-Caribe, o aporte de US$ 5 milhões ao Banco de Desenvolvimento do Caribe. Os recursos serão destinados ao Fundo de Desenvolvimento Especial (Special Development Fund, SDF).
"Esses recursos atenderão os países mais vulneráveis da região. Garantir que caminharemos lado a lado e com o olhar no futuro será a tarefa mais urgente do Fórum Ministerial Brasil-Caribe", afirmou Lula ao anunciar também a criação da instância de debate entre o Brasil e a região.
"Fortalecer a nossa conexão entre nossos países é uma tarefa inadiável. Não podemos mais abrir mão das oportunidades que serão geradas pela integração", completou no início do discurso.
Lula lembrou que Brasília sediou nesta semana duas atividades dedicadas à região caribenha. A primeira foi a 55ª Assembleia de Governadores do Banco de Desenvolvimento do Caribe, encerrada na quinta-feira (12). O evento foi organizado pelo Banco em parceria com o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), responsável por representar o Brasil na instituição multilateral, e marcou o fim do mandato brasileiro à frente da Assembleia de Governadores.
"Hoje, teremos a oportunidade de aprofundar nosso diálogo. O lema desta reunião "aproximar para unir" vem da frase final do discurso que proferi na Cúpula Brasil-CARICOM de 2010", destacou Lula.
Durante a Cúpula, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou a destinação de US$ 3 bilhões em projetos voltados à região, com foco em Guiana e Suriname, considerados portas de entrada do Brasil no Caribe. O CAF Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe também anunciou a realização de um fórum no Brasil, previsto para agosto, com o objetivo de aprofundar os vínculos com os países caribenhos.
Lula ressaltou o esforço do governo federal para reaproximar o Brasil da região e enfatizou a busca por resultados concretos. "Identificamos cinco áreas nas quais a colaboração entre o Brasil e o Caribe tem potencial de render resultados concretos. A primeira delas é o da mudança do clima. Precisamos chegar unidos à COP30 em Belém", disse. Na sequência, citou as demais áreas: transição energética, conectividade aérea, viária e marítima, plano de desenvolvimento do Haiti e segurança alimentar.
O presidente apontou a escassez de conexões como um obstáculo à integração regional, o que leva o Caribe a importar mais de países distantes como Estados Unidos, China e Alemanha do que do Brasil, apesar da proximidade dos portos de Santana (AP) e Pecém (CE).
Ele também mencionou o programa brasileiro Rotas da Integração Sul-Americana, coordenado pelo MPO, que busca melhorar a infraestrutura de ligação do Brasil com os países vizinhos. "O Brasil acordou com o BID que US$ 3 bilhões de sua carteira fossem destinados a projetos em países sul-americanos. Parte desses recursos está sendo empregada em iniciativas na Guiana e no Suriname, que são nossas portas naturais para o Caribe", afirmou.
Ao tratar da conectividade aérea, Lula destacou que o Brasil possui acordos vigentes com apenas três países caribenhos. "Mas queremos - e precisamos - ir além. Firmaremos hoje instrumentos com Barbados e Suriname", anunciou.
A 55ª Reunião Anual do Banco de Desenvolvimento do Caribe
Realizada entre os dias 9 e 12 de junho, a 55ª Reunião Anual do BDC teve como tema "Construindo o Futuro: Instituições Resilientes para um Caribe Mais Verde, Mais Forte e Inclusivo" e reuniu mais de 350 participantes. A programação incluiu reuniões estatutárias e debates sobre temas como resiliência climática, combate à fome e COP30.
"Essa reunião marca a reaproximação do Brasil com o Caribe e o compromisso comum que temos com o multilateralismo, o combate à fome e o enfrentamento às mudanças climáticas", declarou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, na cerimônia de abertura.
O Banco de Desenvolvimento do Caribe reúne 28 países membros, sendo 19 do Caribe. O Brasil integra o grupo desde 2015 e exerceu a presidência do Conselho de Governadores instância máxima da instituição de junho de 2024 a junho de 2025.
"Compartilhamos experiências exitosas de políticas públicas no Brasil que podem servir de referência para o Caribe. Ficou muito claro durante o evento o interesse dos países caribenhos em estreitar laços econômicos e culturais com nosso país", afirmou Viviane Vecchi, secretária de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento, que presidiu o Conselho de Governadores em nome do Brasil.
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