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Economia
Congresso em Foco
1/7/2025 20:30
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A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 638/19, que mede o impacto no desenvolvimento econômico e social do Brasil da chamada "economia do cuidado" e inclui o setor como indicador complementar no Produto Interno Bruto (PIB). A proposta, de autoria da deputada Luizianne Lins (PT-CE), segue agora para análise do Senado.
A economia do cuidado corresponde às atividades realizadas sem remuneração no ambiente doméstico, como o cuidado com pessoas idosas, com deficiência e outras tarefas essenciais ao bem-estar familiar e comunitário. Além disso, preparação de alimentos, limpeza da casa, manutenção de bens e roupas, cuidado e educação de crianças, inclusive transporte para a escola e auxílio nas tarefas escolares, também fazem parte do rol de atividades.
Relatada pela deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), a proposta foi aprovada com um substitutivo que determina a criação de uma "conta satélite" específica no sistema de contas nacionais. Essa conta permitirá mensurar o valor das atividades de cuidado não remuneradas, subsidiando a formulação e implementação de políticas públicas.
Talíria destacou a relevância de dar visibilidade ao trabalho doméstico não pago, majoritariamente realizado por mulheres. "O mérito do projeto está em permitir um conhecimento mais preciso da riqueza gerada no país e de como ela é produzida", afirmou.
A metodologia e os procedimentos para a criação e atualização dessa conta serão definidos por regulamento, com base em pesquisas sobre uso do tempo. Os dados deverão ser atualizados, no máximo, a cada cinco anos. A supervisão da implantação ficará a cargo do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, em articulação com órgãos de controle, universidades e organizações sociais.
Durante a votação, foi aprovada uma emenda do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que esclarece que as atividades da economia do cuidado não serão incluídas no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), mas sim tratadas como indicador complementar do desenvolvimento econômico e social.
Apesar disso, a deputada Luizianne Lins argumentou que, se o valor da economia do cuidado fosse mensurado, ele representaria quase o dobro do PIB do setor agropecuário. A relatora também destacou que mais de dez países da América Latina já mensuram o valor de atividades domésticas não remuneradas em seus indicadores econômicos.
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