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Câmara dos Deputados
Congresso em Foco
2/7/2025 21:01
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi mais uma vez alvo de ataques no Congresso Nacional, nesta quarta-feira (2). A chefe da pasta voltou a ser desrespeitada no Legislativo, desta vez durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.
Na ocasião, o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) afirmou que a ministra "tem dificuldades com o agronegócio, porque nunca trabalhou, nunca produziu". O parlamentar ainda se referiu a Marina Silva como "adestrada" e "mal-educada".
Além do congressista capixaba, os deputados Zé Trovão (PL-SC) e Capitão Alberto Neto (PL-AM) também atacaram a ministra. O deputado catarinense afirmou que Marina era uma "vergonha" como ministra, ao passo que o parlamentar amazonense "sugeriu" que a chefe da pasta pedisse demissão.
Marina Silva rebateu os ataques com citação a uma passagem bíblica. "Eu estou em paz, porque tem uma palavra que eu aprendi com o apóstolo Paulo que diz o seguinte: 'É preferível sofrer uma injustiça do que praticar uma injustiça. Eu prefiro sofrer injustiças a praticá-las, porque quando você pratica, pode ter certeza que um dia a reparação virá", argumentou.
Ataques no Senado
Em 27 de maio deste ano, a ministra Marina Silva foi alvo de agressões verbais na Comissão de Infraestrutura do Senado. Na ocasião, o presidente do colegiado, Marcos Rogério (PL-RO), interviu em uma discussão entre Marina e Omar Aziz (PSD-AM), com quem ela possui antiga rivalidade, e ordenou à ministra que ela "se ponha no seu lugar". A fala foi imediatamente rechaçada pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
O tumulto, porém, não se encerrou neste episódio. O senador Plínio Valério (PSDB-AM), que anteriormente falou em "enforcar" Marina Silva, atacou novamente a ministra. O parlamentar iniciou a fala dizendo que "a mulher Marina merecia respeito, a ministra não". Após pedir retratação e não receber um pedido de desculpas, a ministra abandonou a sessão.
Em nota oficial, a bancada feminina classificou as falas como "misóginas e sexistas" e acusou os parlamentares de violarem o Regimento Interno do Senado, ao cortar o microfone de Marina e impedir seu direito de resposta. Segundo as senadoras, a sessão foi marcada por uma tentativa de silenciamento e por expressões do machismo estrutural.
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