Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Meio ambiente
Congresso em Foco
8/7/2025 16:51
O Fundo Amazônia expandirá seu escopo de atuação, passando a financiar iniciativas de prevenção e combate a incêndios florestais nos biomas Cerrado e Pantanal. A decisão de ampliar o uso dos recursos foi aprovada por unanimidade pelo Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA). Atualmente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) analisa o primeiro projeto com essa finalidade, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
O agravamento de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas, demanda uma resposta estruturada. Segundo João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, "apoiar Cerrado e Pantanal é também proteger a Amazônia. Essa é uma contribuição concreta para a implementação da Lei do Manejo Integrado do Fogo".
A iniciativa, apresentada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), foi elaborada de forma interministerial e aloca até R$ 150 milhões para apoiar Corpos de Bombeiros Militares e brigadas florestais de seis Estados: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Piauí e Distrito Federal, além da Força Nacional de Segurança Pública. Os recursos serão destinados à aquisição de equipamentos, máquinas e veículos para o combate a incêndios e queimadas ilegais.
Embora o foco inicial do fundo fosse a Floresta Amazônica, o decreto 6.527/2008 permite que até 20% dos recursos sejam direcionados a ações de monitoramento e controle do desmatamento em outros biomas. Em resposta ao aumento dos incêndios em 2024 e às projeções preocupantes para 2025, o COFA autorizou, em reunião extraordinária em maio, a ampliação do apoio à Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (PNMIF) para além da Amazônia Legal.
A proposta do MJSP teve sua elegibilidade aprovada pelo Comitê de Crédito e Operações do BNDES em 1º de julho. A decisão visa fortalecer as capacidades de monitoramento e resposta a incêndios florestais em nível nacional e estadual, contribuindo para a proteção ambiental e a segurança das populações afetadas. A medida foi construída em colaboração com diversos órgãos do governo federal - MMA, Casa Civil, MJSP, Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) - além de governos estaduais e parceiros institucionais.
Para Capobianco, a decisão é uma resposta à emergência climática. Ele afirmou: "o agravamento dos eventos extremos, como secas prolongadas, exige resposta estruturada. Apoiar Cerrado e Pantanal é também proteger a Amazônia. Essa é uma contribuição concreta para a implementação da Lei do Manejo Integrado do Fogo, sancionada pelo presidente Lula e já regulamentada pelo Comitê Nacional".
Tereza Campello, diretora socioambiental do BNDES, enfatiza a importância estratégica da medida: "O fogo tem sido usado como forma barata de desmatamento criminoso. É urgente fortalecer os Corpos de Bombeiros. Os Estados precisam estar preparados não só para o ambiente urbano, mas para lidar com incêndios florestais". Ela ressalta que os biomas Cerrado e Pantanal formam um cinturão de proteção para a Amazônia, e que foram severamente afetados por queimadas no ano anterior.
O Fundo mantém uma linha consolidada de apoio a Corpos de Bombeiros. Desde sua reativação em 2023, já destinou R$ 405 milhões para o combate a incêndios florestais nos nove Estados da Amazônia Legal, com R$ 370 milhões já contratados. Cada Estado recebeu aproximadamente R$ 45 milhões, com exceção do Acre e Rondônia, que receberam R$ 21 milhões e R$ 34 milhões, respectivamente. Manoel Carlos de Almeida Neto, secretário-executivo do MJSP, explicou: "também atuamos com a Polícia Federal na investigação de crimes ambientais e com a Polícia Rodoviária no patrulhamento de áreas críticas".
Criado em 2008, o Fundo Amazônia apoia projetos de conservação e uso sustentável das florestas na Amazônia Legal. Coordenado pelo MMA e gerido pelo BNDES, é financiado por doações nacionais e internacionais. Entre 2009 e junho de 2025, aprovou R$ 5,6 bilhões para 133 projetos e desembolsou R$ 2,7 bilhões em valores corrigidos. A lista completa de projetos apoiados está disponível no site oficial do Fundo.
LEIA MAIS
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Câmara dos Deputados
Comissão aprova remuneração mínima para entregadores por app
TRANSPORTE PÚBLICO
Tarifa zero custa R$ 78 bi e é viável sem imposto novo, diz estudo