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Economia
Congresso em Foco
28/7/2025 15:48
As projeções do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, foram revisadas de 5,1% para 5,09% para o corrente ano. Tal ajuste representa a nona redução consecutiva na estimativa, conforme divulgado no Boletim Focus desta segunda-feira (28). A pesquisa, de periodicidade semanal, é elaborada pelo Banco Central (BC) com base nas expectativas de diversas instituições financeiras acerca dos principais indicadores econômicos.
Para o ano de 2026, a projeção inflacionária também sofreu um leve ajuste, passando de 4,45% para 4,44%. As previsões para 2027 e 2028 apontam para taxas de 4% e 3,8%, respectivamente. A estimativa para 2025 permanece acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), fixada em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, resultando em um intervalo entre 1,5% e 4,5%.
Em junho, a inflação oficial, mesmo sob a pressão exercida pelos preços da energia elétrica, apresentou um arrefecimento, registrando um índice de 0,24%. Este resultado foi influenciado pela primeira queda nos preços dos alimentos após nove meses de elevações. Não obstante a desaceleração observada nos últimos meses, o índice acumulado em 12 meses atingiu 5,35%, ultrapassando o limite superior da meta de 4,5% pelo sexto mês consecutivo.
Esse período de seis meses acima de 4,5% configura estouro da meta pelo novo regime adotado em 2024. Cada vez que isso acontece, o presidente do BC tem que divulgar, por meio de carta aberta ao ministro da Fazenda , que preside o CMN, a descrição detalhada das causas do descumprimento, as providências para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos e o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito.
Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, como seu principal instrumento, atualmente fixada em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Apesar da recente retração da inflação, as incertezas no cenário econômico levaram o colegiado a elevar os juros em 0,25 ponto percentual na última reunião, marcando o sétimo aumento consecutivo da Selic em um ciclo de contração da política monetária.
Em ata, o Copom declarou que pretende manter os juros no mesmo patamar nas próximas reuniões, monitorando os efeitos do ciclo de alta da Selic sobre a economia. Contudo, não descartou a possibilidade de novos aumentos, caso a inflação apresente elevação. O próximo encontro do colegiado está agendado para esta terça (29) e quarta-feira (30).
A decisão surpreendeu parte do mercado financeiro, que não antecipava um novo aumento. Nesse contexto, a estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 em 15% ao ano. Para o final de 2026, a expectativa é de uma redução da Selic para 12,5% ao ano. As previsões para 2027 e 2028 indicam novas reduções, para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente. O aumento da taxa básica de juros pelo Copom tem como objetivo conter a demanda aquecida, impactando os preços, uma vez que juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança.
No entanto, além da Selic, os bancos consideram outros fatores ao definir os juros cobrados dos consumidores, como o risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais elevadas podem dificultar a expansão da economia. A redução da taxa Selic, por sua vez, tende a baratear o crédito, incentivando a produção e o consumo, o que pode reduzir o controle sobre a inflação e estimular a atividade econômica.
As instituições financeiras mantiveram a estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2,23% para este ano, conforme a presente edição do Boletim Focus. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) foi revisada de 1,88% para 1,89%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima uma expansão do PIB de 2% para ambos os anos. Impulsionada pelo setor agropecuário no primeiro trimestre de 2025, a economia brasileira registrou um crescimento de 1,4%, segundo o IBGE.
Em 2024, o PIB fechou com um aumento de 3,4%, representando o quarto ano consecutivo de crescimento e a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%. A previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,60 para o final deste ano, com uma estimativa de R$ 5,70 para o final de 2026.
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