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EUA
Congresso em Foco
29/7/2025 13:34
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que tem atuado para impedir que a comitiva de senadores brasileiros que está nos Estados Unidos consiga estabelecer diálogo com o ex-presidente Donald Trump e seus aliados. A declaração foi feita durante entrevista ao SBT News e integra a mais recente série de críticas do parlamentar à missão diplomática que tenta reverter a taxação de 50% imposta por Trump a produtos brasileiros.
"Essa comitiva de senadores ignora a questão mais básica, que é a crise institucional", afirmou. "Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo, porque eu sei que vindo desse tipo de pessoa, só haverá acordos de meio termo, que não é nem certo nem errado", disse o deputado.
Segundo Eduardo Bolsonaro, o tarifaço americano não tem origem apenas comercial, mas política: seria uma resposta à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e, em especial, ao ministro Alexandre de Moraes. "Trump não está atacando a soberania do Brasil. Ele está defendendo a soberania dele, os interesses dos americanos e dando tratamento ao Brasil como uma ditadura, que é o que tem sido no país."
A comitiva criticada por Eduardo é formada por senadores como Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Pontes (PL-SP), ambos ex-ministros do governo Bolsonaro. Pontes, inclusive, já afirmou ser contrário às tarifas, mas disse considerar legítimas as pressões de Trump sobre o Judiciário brasileiro.
Durante a entrevista, Eduardo afirmou que não é mais momento de buscar moderação política. "Nós estamos em guerra, e é tudo ou nada."
Sanções contra Moraes e outras autoridades
Na mesma entrevista, Eduardo Bolsonaro afirmou esperar que os Estados Unidos adotem sanções internacionais contra o ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades brasileiras, com base em legislações como a Lei Magnitsky e o IEPA (International Emergency Economic Powers Act).
"O sentimento e a expectativa é de que venham sanções Magnitsky contra o Alexandre de Moraes e talvez outras autoridades. [...] O Brasil não tem se comportado como uma democracia ocidental", disse. Ele acusou o Judiciário brasileiro de perseguir opositores e afirmou que há risco de as eleições de 2026 não ocorrerem com liberdade: "Esse regime não vai permitir que a gente tenha eleições livres ano que vem".
Ele alegou ainda que é alvo de perseguição política: disse ter suas contas bancárias congeladas, assim como as da esposa, e mencionou um processo que, segundo ele, pode resultar em pena de até 20 anos de prisão. "O Alexandre de Moraes encontrou um adversário à altura", declarou, em tom de confronto.
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