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TARIFAÇO DE TRUMP
Congresso em Foco
2/8/2025 | Atualizado às 11:29
O presidente Lula afirmou na noite dessa sexta-feira (1º) que o Brasil segue aberto ao diálogo com os Estados Unidos, mesmo diante da imposição de tarifas comerciais de 50% sobre produtos brasileiros e da sanção contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A declaração veio após o presidente dos EUA, Donald Trump, dizer estar disposto a conversar com o líder brasileiro "quando ele quiser".
"Sempre estivemos abertos ao diálogo. Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano", escreveu Lula nas redes sociais.
A fala do presidente brasileiro foi uma reação à declaração de Trump, que, ao ser questionado por jornalistas na Casa Branca sobre a possibilidade de rever o tarifaço, disse que "ama o povo do Brasil" e que Lula pode ligar "quando quiser". No entanto, o republicano também criticou o governo brasileiro, afirmando que "as pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada".
Haddad vê abertura como positiva
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como "ótima" a declaração de Trump e indicou que o governo brasileiro está igualmente disposto a negociar. Segundo ele, uma reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, está em preparação e deve ocorrer na próxima semana, ainda sem data definida.
"Acho ótima [a declaração de Trump]. E a recíproca, tenho certeza que é verdadeira. [...] É muito importante a gente preparar essa conversa", afirmou Haddad ao deixar o ministério.
De acordo com o ministro, o objetivo do encontro com Bessent é restabelecer a mesa de negociações e esclarecer pontos relacionados à Lei Magnitsky, legislação usada para justificar a sanção contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre Moraes. Haddad destacou que há muita desinformação circulando sobre o funcionamento do sistema judiciário brasileiro.
"Entendemos que relações comerciais não devem ser afetadas por política. Nós estamos trabalhando no sentido de nos aproximarmos", acrescentou o ministro.
Crise diplomática e reação brasileira
A crise foi desencadeada após Trump assinar, na quarta-feira (30), uma ordem executiva impondo as novas tarifas contra o Brasil. No mesmo dia, o governo norte-americano anunciou sanção contra Alexandre de Moraes, relator dos processos relacionados à tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro e responsável pelas ações que atingem aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em resposta imediata, Lula já havia divulgado nota oficial em defesa da democracia e da soberania nacional, criticando as iniciativas unilaterais dos EUA contra a economia e a Justiça brasileiras. O novo posicionamento do presidente e do ministro da Fazenda indica disposição para o diálogo, mas reforça que esse se dará com base na defesa dos interesses nacionais.
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