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LEVANTAMENTO EXCLUSIVO

Tarifaço é rejeitado e só 44% o ligam a Bolsonaro, diz pesquisa

Levantamento feito com leitores do Congresso em Foco indica que 51,9% são contrários às tarifas anunciadas por Trump, enquanto 51,6% descartam relação direta de medidas com o ex-presidente.

Congresso em Foco

18/8/2025 | Atualizado 19/8/2025 às 8:44

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Pesquisa feita pelo Congresso em Foco com leitores via WhatsApp revela duas conclusões centrais sobre o tarifaço imposto pelos Estados Unidos: a maioria rejeita a medida e também não acredita que ela tenha sido adotada para "defender" Jair Bolsonaro. Segundo o levantamento, 51,9% dos entrevistados são contrários às tarifas anunciadas por Donald Trump para proteger a indústria americana, enquanto 51,6% descartam qualquer relação direta com o ex-presidente.

Por outro lado, 38,8% dos leitores consultados se disseram favoráveis à sobretaxação de produtos brasileiros importados. Embora predomine a visão de que a decisão de Trump atendeu antes a interesses econômicos dos EUA, 44,5% associam o tarifaço a uma defesa de Bolsonaro.

Pesquisa foi feita pelo Whatsapp com leitores do Congresso em Foco.

Pesquisa foi feita pelo Whatsapp com leitores do Congresso em Foco.Arte Congresso em Foco

Nas últimas semanas, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está morando nos Estados Unidos, intensificou o discurso de que teria convencido o governo norte-americano a sancionar o Brasil em reação à ofensiva judicial contra seu pai. Trump chegou a chamar Bolsonaro de "homem bom" e a criticar decisões da Justiça brasileira, mas, em contrapartida, classificou o Brasil como "péssimo parceiro comercial".

A pesquisa foi feita com 2.681 leitores do Congresso em Foco que aceitaram responder a um breve questionário pelo Whatsapp. Em relação a esse tópico, foram feitas duas perguntas:

  • "Você concorda com a decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas como forma de proteger a indústria americana?"
  • "Você acha que as tarifas foram aplicadas para defender Jair Bolsonaro?"

Polarização ideológica

Entre os leitores, o tarifaço reflete claramente a polarização política:

  • Esquerda: rejeição quase unânime às tarifas e descrédito na tese de que Trump agiu em favor de Bolsonaro.
  • Direita: divisão equilibrada entre apoio e rejeição, com maior adesão à ideia de que o ex-presidente teria sido beneficiado.
  • Centro: maioria contrária ao tarifaço, mas em intensidade menor que a registrada na esquerda.

Recortes

O levantamento não encontrou diferenças significativas entre homens e mulheres quanto à rejeição às tarifas, mas apontou nuances: eles tendem a acreditar mais que Trump agiu para proteger Bolsonaro, enquanto elas se mostram mais céticas.

Regionalmente, São Paulo e Minas Gerais, que concentram a maior parte dos entrevistados, seguem a média nacional, com maioria contra o tarifaço e sem ver relação direta com Bolsonaro. No Sul, porém, o quadro é mais fragmentado: em Santa Catarina, cresce a adesão à narrativa pró-Bolsonaro; no Paraná, predomina cautela tanto em apoiar as tarifas quanto em vinculá-las ao ex-presidente.

Comparativo com o Datafolha

O levantamento do Congresso em Foco dialoga com a pesquisa Datafolha divulgada no fim de semana. Segundo o instituto, 39% dos entrevistados culpam a família Bolsonaro pelo tarifaço (22% Jair, 17% Eduardo), enquanto 35% responsabilizam Lula e 15% apontam o ministro Alexandre de Moraes. A margem de erro configurou um empate técnico entre os polos da polarização.

A principal diferença está no enfoque: enquanto o Datafolha buscou identificar culpados no cenário interno, a pesquisa do Congresso em Foco mostra que, entre leitores mais engajados em política, predomina a interpretação de que o tarifaço foi fruto do protecionismo norte-americano, não de um gesto calculado em favor de Bolsonaro.

Impactos políticos e econômicos

O tarifaço, que pode reduzir em até US$ 54 bilhões as exportações brasileiras, já provoca turbulência no Brasil. Eduardo Bolsonaro, acusado de fazer lobby a favor das sanções, chegou a afirmar que a postura de Trump "tem valido a pena". O discurso, somado a atos pró-Bolsonaro com bandeiras americanas e cartazes de agradecimento ao republicano, reforça o tom ideológico do debate.

Enquanto isso, o governo Lula anunciou R$ 30 bilhões em medidas emergenciais para amenizar os impactos da taxação em setores estratégicos. A ofensiva de Trump inclui ainda sanções a autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes e médicos do programa Mais Médicos, justificadas por Washington como resposta a decisões judiciais contra Bolsonaro e a supostos entraves ao comércio americano.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), despachou na última sexta-feira (15) quatro representações que pedem a cassação do mandato de Eduardo. Entre as acusações, abandono do cargo e conspiração contra o Brasil.

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Eduardo Bolsonaro Donald Trump Congresso em Foco Jair Bolsonaro

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