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Congresso em Foco
6/9/2025 21:14
Na véspera do Dia da Independência, comemorado neste domingo (7), o presidente Lula fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV. O discurso exaltou a soberania nacional e lançou recados claros sobre democracia, economia, meio ambiente, redes digitais e política. Sem citar nomes, Lula também criticou duramente políticos que, segundo ele, agem contra os interesses do Brasil - numa referência direta ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusado de articular contra autoridades brasileiras no exterior. Assista ao pronunciamento:
Neste domingo, dezenas de cidades devem receber manifestações em suas ruas, contra e a favor da anistia. Movimentos de esquerda também vão defender a soberania e a justiça social e tributária.
Veja os cinco principais recados do pronunciamento de Lula:
1. "Traidores da pátria" serão julgados pela história
Lula afirmou que alguns políticos brasileiros "estimulam ataques ao Brasil" e não defendem o povo que os elegeu. Chamou-os de "traidores da pátria" e disse que a história não os perdoará. Foi um recado direto, ainda que sem nomear, a Eduardo Bolsonaro, alvo de críticas por pedir sanções a autoridades brasileiras nos Estados Unidos.
2. Defesa incondicional da soberania nacional
O presidente ressaltou que o Brasil "não será colônia de ninguém", mantém relações diplomáticas com todos, mas "não aceita ordens de governo estrangeiro". Associou soberania à defesa das riquezas naturais, da democracia e da independência entre os Três Poderes.
3. Economia com inclusão social
Lula destacou políticas para tornar o Brasil "fora do mapa da fome" e com crescimento acima da média mundial. Citou medidas como:
4. Meio ambiente e bens públicos sob proteção
Lula disse que o Brasil reduziu pela metade o desmatamento na Amazônia e lembrou que o país sediará a COP30 em Belém, em novembro. Reafirmou que o PIX é público, gratuito e continuará assim, rejeitando qualquer tentativa de privatização.
5. Regulação das redes digitais e combate às fake news
O presidente advertiu que as redes digitais são importantes, mas "não estão acima da lei". Condenou o uso de plataformas para espalhar fake news, ódio, golpes financeiros, exploração sexual de crianças, racismo e violência contra mulheres. Reiterou que a Constituição garante a independência dos Poderes e que ele não pode - nem pretende - interferir na Justiça.
Um chamado à união
Encerrando o discurso, Lula pediu união em torno da pátria e da democracia, dizendo que o Brasil precisa de fé, coragem e experiência para cuidar do futuro. "Este é o momento em que a história nos pergunta de que lado estamos", afirmou.
Leia a íntegra do pronunciamento em cadeia de rádio e TV de Lula:
"Querido povo brasileiro, amanhã, 7 de setembro, é dia de celebrarmos a independência do Brasil. É uma boa hora para a gente falar de soberania. O 7 de setembro representa o momento em que deixamos de ser colônia e passamos a conquistar nossa independência, nossa liberdade e nossa soberania.
Na época da colonização, nosso ouro, nossas madeiras, nossas pedras preciosas, nada disso pertencia ao povo brasileiro. Toda a nossa riqueza ia embora do Brasil para ajudar a enriquecer outros países. Mais de 200 anos se passaram e nós nos tornamos soberanos.
Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro. Mantemos relações amigáveis com todos os países, mas não aceitamos ordem de quem quer que seja.
O Brasil tem um único dono, o povo brasileiro. Por isso, defendemos nossas riquezas, nosso meio ambiente, nossas instituições. Defendemos nossa democracia e resistiremos a qualquer um que tente golpeá-la.
É inadimissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil. Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria.
A história não os perdoará. Minhas amigas e meus amigos, a soberania pode parecer uma coisa muito distante, mas ela está no dia a dia da gente. Está na defesa da democracia e no combate à desigualdade.
Há todas as formas de privilégios de poucos em detrimento do direito digno. Está na proteção das conquistas dos trabalhadores. No apoio aos jovens para que eles tenham um futuro melhor.
Na criação de oportunidades para os empreendedores e nos programas que ajudam os mais necessitados. Se temos direito a essas políticas públicas, é porque o Brasil é um país soberano e tomou a decisão de cuidar do povo brasileiro. Minhas amigas e meus amigos, o país soberano é um país fora do mapa da fome, que zero o imposto de renda de quem ganha até 5 mil reais, enquanto taxos super ricos que hoje não pagam quase nada.
Que cresce acima da média mundial e resiste a menor índice de desemprego de todos os tempos. Um país com a coragem de fazer a maior operação contra o crime organizado da história, sem se importar com o tamanho da conta bancária dos criminosos. Esse país soberano e independente se chama Brasil.
Minhas amigas e meus amigos, desde o início do nosso governo, concentramos esforço na abertura de novas parcerias comerciais. Em apenas dois anos e oito meses, abrimos mais de 400 novos mercados para as nossas exportações. Defendemos o livre comércio, a paz, o multilateralismo e a harmonia entre as nações.
Mas nunca abriremos mão da nossa soberania. Defender nossa soberania é defender o Brasil. Cuidamos como ninguém do nosso meio ambiente.
Reduzimos pela metade o desmatamento na Amazônia, que em novembro vai sediar a COP30, maior conferência mundial sobre o clima. Defendemos o PIX de qualquer tentativa de privatização. O PIX é do Brasil, é público, é gratuito e vai continuar assim.
Reconhecemos a importância das redes digitais. Elas oferecem informação, conhecimento, trabalho e diversão para milhões de brasileiros. Mas não estão acima da lei.
As redes digitais não podem continuar sendo usadas para disparar fake news e discursos de ódio. Não podem dar espaço à prática de crimes como golpes financeiros, exploração sexual de crianças e adolescentes, e incentivo ao racismo e à violência contra as mulheres. Zelamos pelo cumprimento da nossa Constituição, que estabelece a independência entre os três poderes.
Isso significa que o presidente do Brasil não pode interferir nas decisões da justiça brasileira, ao contrário do que querem por ao nosso país. Minhas amigas e meus amigos, este é o momento em que a história nos pergunta de que lado estamos. O governo do Brasil está do lado do povo brasileiro.
Povo que acorda cedo, todos os dias, para trabalhar pela prosperidade da sua família. Este é o momento de união de todos em defesa do que pertence a todos, a nossa pátria brasileira e as cores da bandeira do nosso país. A história nos coloca diante de um grande desafio e pergunta se somos capazes de enfrentá-lo.
E nós dizemos sim, temos fé, experiência e coragem para seguir cuidando do nosso futuro e da esperança da nossa gente. Que Deus abençoe o Brasil. Um abraço e ferida da independência."
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