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ELEIÇÕES 2026
Congresso em Foco
3/10/2025 15:43
O deputado Paulo Abi-Ackel, presidente do diretório do PSDB de Minas Gerais, revelou ao Congresso em Foco que o partido não mais tentará construir uma coalizão de fusões e federações para seu projeto eleitoral em 2026. O plano, fortemente oxigenado no primeiro semestre, foi substituído pela estratégia oposta, moldada ao redor do pragmatismo para que o ninho tucano recupere o espaço perdido em 2022.
A institucionalização de alianças foi, até o mês de junho, o pilar central da estratégia eleitoral do PSDB para as eleições de 2026. O plano era de solidificar uma frente ampla, primeiro com uma ou mais fusões com partidos do mesmo porte, para então construir uma federação com um partido maior e, com isso, construir uma candidatura de peso ao Planalto.
O partido escolhido para a fusão foi o Podemos, sigla com tamanho próximo e uma longa relação de proximidade com o PSDB. Em junho, a executiva nacional aprovou a junção. Um mês depois, diante de divergências sobre como deveria funcionar a gestão do novo partido, a fusão foi cancelada.
Paulo Abi-Ackel conta que, desde o recuo no plano de fusão, preponderou entre tucanos a tese de que o melhor caminho seria o partido seguir por conta própria em 2016. "Nós tomamos a decisão, e acho que foi a melhor, mais madura, e hoje estamos certos de que o tempo está nos ensinando que foi sem dúvida a melhor alternativa, ficar sozinhos".
O deputado e dirigente partidário explica que a expectativa para 2026 é de maior espaço para partidos próximos ao centro. "Há um diagnóstico que todos fazem, de que a polarização está diminuindo, de que há uma parcela grande no centro descontente com essa realidade de votar não a favor de um candidato, mas contra o outro. Então o PSDB está sentindo esses ventos positivos", afirmou.
O recuo em relação ao plano de alianças institucionalizadas, para Abi-Ackel, foi uma salvação para o partido. "Eu acredito que foi quase que uma mão divina que nos permitiu não fazer a federação, ficar sozinhos e fazer com que, sozinhos, nós possamos fazer o crescimento sem mudar nome, sem mudar estatuto, sem mudar nada".
Foco no Congresso
O plano inicial de lançar um nome ao Planalto também foi revisto. De acordo com Abi-Ackel, a prioridade dos tucanos em 2026 será recuperar o espaço perdido no Poder Legislativo. A meta é formar uma bancada próxima de trinta deputados, retornando ao tamanho que tinha após a janela partidária de 2022.
"Nesse momento, nossa prioridade é a formação de uma grande bancada, de modo que a gente volte a ter um protagonismo no Congresso Nacional, que a gente volte a ter uma bancada de respeito, que essa bancada de respeito possa ter uma participação mais efetiva nos debates da Casa, hoje muito polarizada, apresentando uma nova alternativa para o Brasil, que é o centro político", descreveu.
O deputado acredita ser possível ampliar a bancada ainda antes das eleições, durante a abertura da janela partidária. "Nós temos sido consultados por muitos deputados que querem se filiar conosco, pessoas de excelente estatura política nos seus estados, deputados com mandato, deputados que querem regressar ao PSDB", relatou.
Por outro lado, a participação em disputas majoritárias não está completamente descartada. O atual presidente do PSDB, Marconi Perillo, lançou sua pré-candidatura ao governo de Goiás. O deputado Aécio Neves, preferido para assumir a presidência da sigla em 2026, estuda a possibilidade de disputar ao governo ou ao Senado por Minas Gerais. No Ceará, existem tratativas para que o ex-ministro Ciro Gomes se junte ao ninho tucano para concorrer ao governo.
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