"Brasil só será grande se cuidar de suas crianças", defende deputado

Em discurso no Plenário da Câmara na última quarta-feira (8), o deputado federal José Airton Félix Cirilo (PT-CE), secretário da Primeira Infância, da Adolescência e da Juventude da Câmara dos Deputados, fez um apelo emocionado por um Brasil mais justo e comprometido com o futuro das crianças. O parlamentar defendeu que a data vá além da celebração da infância: "É também um chamado à responsabilidade coletiva pela formação de uma nova geração".

"Ser criança é viver o dom da pureza da descoberta, é ter o coração aberto ao novo e a uma vida repleta de sonhos. Mas também é preciso ser um lembrete para nós, adultos, de que o Brasil só será verdadeiramente uma grande Nação quando garantir dignidade, educação, saúde e proteção para todas as nossas crianças", afirmou o deputado.

José Airton destacou o papel da Secretaria da Primeira Infância, da Adolescência e da Juventude da Câmara, criada para acompanhar políticas públicas e articular ações em defesa dos direitos das crianças e adolescentes. Segundo ele, o país tem avançado em marcos legais e programas sociais, mas ainda precisa transformar leis em resultados concretos.

"Nosso país avançou, é verdade. Avançamos com o Marco Legal da Primeira Infância, com programas de transferência de renda, com ampliação do acesso à educação infantil e com o esforço para monitorar o orçamento destinado às crianças e adolescentes. Mas ainda há muito a fazer", avaliou.

O parlamentar ressaltou que é preciso colocar as crianças no centro do planejamento nacional. "Precisamos garantir que o planejamento orçamentário tenha a criança como prioridade real e não apenas em discurso", disse.

Para o deputado, a desigualdade social continua sendo uma das maiores barreiras à plena realização dos direitos da infância no Brasil. Milhões de crianças ainda vivem em situação de pobreza, vulnerabilidade ou exclusão, sem acesso adequado à educação, moradia, saúde e lazer. "Precisamos unir governo, parlamento e sociedade para assegurar que nenhuma criança seja invisível diante das desigualdades do nosso país", defendeu.