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Congresso em Foco
15/10/2025 11:15
Durante sessão plenária da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (14), o deputado Sanderson (PL-RS) criticou a condução das investigações sobre fraudes envolvendo aposentados e pensionistas do INSS, afirmando que os responsáveis estariam sendo protegidos por uma "blindagem institucional" que envolveria o governo federal e o Supremo Tribunal Federal (STF).
O parlamentar disse que o ex-presidente do órgão investigado, que prestou depoimento à CPMI do INSS, teria se negado a responder até mesmo perguntas básicas, como a data de ingresso no serviço público, alegando estar amparado por habeas corpus. Segundo Sanderson, o depoente só começou a responder após ser advertido pelos parlamentares, mas teria mentido reiteradamente ao longo de um depoimento que se estendeu das 16h até as 3h da madrugada.
"No início dos nossos trabalhos, o depoente chegou a dizer que não responderia a nada. Quando o relator, deputado Alfredo Gaspar, perguntou o ano em que ingressou no serviço público, ele respondeu que ficaria calado, respaldado por um habeas corpus do STF. Se nem isso ele pode responder, é porque está de má-fé", disse Sanderson.
O deputado afirmou que, ao longo da oitiva, o depoente "mentiu o tempo inteiro" e chegou a agir de maneira "desrespeitosa" com os parlamentares, chegando a "colocar o dedo na cara do relator". "Nunca tinha visto algo assim. Em uma CPI, onde os parlamentares são investigadores, o relator ser ameaçado por quem presta depoimento. Mas ele faz isso porque sabe que está blindado, que tem as costas quentes e que não vai acontecer nada", criticou.
Sanderson afirmou, ainda, que a sequência de habeas corpus concedidos pelo Supremo estaria inviabilizando a apuração dos fatos, ao permitir que investigados permaneçam em silêncio ou prestem informações falsas sem punição. O parlamentar também questionou a falta de respostas sobre os valores desviados, que, segundo ele, chegam a R$ 6 bilhões. "Se o presidente do NSS, que tem caneta e senha, não sabe explicar como esses bilhões foram furtados, quem vai explicar então?", questionou.
Ao final do discurso, Sanderson advertiu que o relatório da comissão corre o risco de ser derrotado devido à atuação de parlamentares governistas e à suposta proteção institucional aos envolvidos.
"Muito provavelmente essa blindagem vai fazer com que o relatório seja derrotado. Esse roubo ao INSS, muito provavelmente, dará em pizza, porque estão blindados pelo sistema, pelo governo e pelo STF também", concluiu o deputado.
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