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Bebidas adulteradas
Congresso em Foco
22/10/2025 | Atualizado às 14:19
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse nesta quarta-feira (22) que ainda não há confirmação de ligação entre o crime organizado e o esquema de adulteração de bebidas alcoólicas com metanol. Em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, ele ressaltou que apenas o relatório final do inquérito poderá apontar se há envolvimento de organizações criminosas no caso.
"Desde o princípio, o que nós sempre dissemos é que a investigação é que vai dizer se há ou não relação com o crime organizado ou se é uma questão muito pontual. No estágio em que estamos hoje - com a coleta de material e a realização de perícias -, é o inquérito policial que vai indicar o resultado".
Segundo Rodrigues, ainda é cedo para qualquer conclusão. "É o tempo da investigação. Eu não posso jamais antecipar o que a equipe vai concluir, porque a apuração tem seu tempo próprio, envolve medidas que precisam ser adotadas, e só o relatório final vai apresentar as conclusões e resultados."
O diretor-geral afirmou que não há previsão para a conclusão das investigações, mas disse acreditar que o esquema tenha sido descontinuado após operações conjuntas da PF e do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
"Nós fizemos duas grandes operações, junto com outra do MPSP, que descontinuou de fato uma rede criminosa na cadeia de combustíveis. Entendemos que esse grupo vai ser neutralizado. Agora é preciso avançar na análise do material apreendido, nas perícias e no cotejamento das provas para concluir o cenário atual", explicou.
Casos de intoxicação
O metanol é um líquido incolor e inflamável, utilizado como solvente e em indústrias de combustíveis, plásticos, tintas e medicamentos. Altamente tóxico, o consumo mesmo em pequenas quantidades pode causar danos graves à saúde e levar à morte. Os sintomas incluem dores de cabeça, náuseas, vertigem, alterações visuais e, em casos mais graves, cegueira, coma e morte.
Os primeiros casos de intoxicação foram registrados no fim de agosto, segundo o Ministério da Saúde. No final de setembro, médicos em São Paulo começaram a identificar pacientes com sintomas típicos de envenenamento por metanol. A troca de informações entre profissionais revelou que não se tratava de incidentes isolados, já que diversos hospitais registravam quadros semelhantes.
Desta vez, as vítimas não haviam ingerido combustível, mas bebidas alcoólicas adquiridas em bares, festas e encontros sociais, levantando a suspeita de que garrafas adulteradas circulavam no mercado.
Até a segunda-feira (20), o Ministério da Saúde contabilizava 104 notificações: 47 casos confirmados e 57 em investigação. Outras 578 notificações foram descartadas. O Estado de São Paulo concentra a maior parte dos registros, com 38 casos confirmados e 19 em apuração.
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