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ELEIÇÕES 2026
Congresso em Foco
22/10/2025 20:50
O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, retornou oficialmente nesta quarta-feira (22) ao PSDB, partido por onde foi eleito para assumir o governo do Estado entre 1991 e 1994. No ato de filiação, foi anunciado que ele ficará encarregado de assumir a presidência do diretório estadual da sigla no Ceará, e José Sarto, ex-prefeito de Fortaleza, ficará com o diretório municipal da capital.
O anúncio foi feito pelo ex-senador Tasso Jereissati. Em seu discurso, afirmou que Ciro terá duas missões: em nível estadual, a de "reconstruir, aqui, no Estado do Ceará, aquela cultura de alegria, de entusiasmo, autoestima e orgulho de ser cearense"; e em âmbito nacional a de "ajudar a reconstruir um partido que mais do que nunca é necessário ao Brasil, um partido de centro".
Ao assinar a filiação, Ciro fez provocações ao PT, em especial ao presidente Lula e ao ministro da Educação, Camilo Santana, ex-governador do Ceará com quem mantém uma rivalidade pessoal. "Aqui não tem ladrão. E lá, dá para dizer isso?", questionou.
Ciro também criticou a escolha de alianças eleitorais do PT. "Quando Lula se elege, chama o José Alencar, do PL. Aí tudo bem. (...) Quando o Lula resolveu lançar Dilma, (...), ele chamou a polêmica figura do Michel Temer, do MDB, para a vice. Aí não tem problema nenhum, porque sendo o Lula e o PT, pode. (...) Quando agora mais recentemente o Lula quis se reeleger, quem ele chamou para ser seu vice? Geraldo Alckmin, fundador do PSDB. Agora, um socialista, um grande guru da esquerda", ironizou.
Nomes para 2026
Ciro Gomes é cogitado pelo PSDB como possível candidato ao governo cearense em 2026, inclusive tendo sido citado pelo atual presidente do diretório estadual, Ozires Pontes, como o escolhido para a disputa. Em seu discurso de filiação, Ciro propôs um nome alternativo, citando Roberto Claudio, ex-prefeito de Fortaleza, atualmente filiado ao União Brasil, melhor indicado para a campanha.
"Se dependesse do meu gosto, ele tem todos os dotes que eventualmente a sua generosidade me atribuem, mas tem um que eu já não tenho mais, que é a juventude, [ele] agarra o tesão para encarar. Foi ele que falou primeiro. Está pronto, está pronto para ser o grande governador que o Estado do Ceará pode ter", declarou. Roberto Claudio foi aliado de Ciro no PDT, tendo disputado ao governo em 2022.
Ciro também citou a possibilidade de apoiar o ex-deputado estadual Alcides Fernandes, do PL, como candidato a senador. "Meu caro Alcides, por exemplo, o seu partido menciona você como possível candidato a senador. Eu acho bom, acho muito bom, porque você tem currículo", disse.
Alcides é pai do deputado André Fernandes (PL-CE), e disputa com a vereadora Priscila Costa (PL) pela candidatura do partido ao Senado com apoio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Ruptura pedetista
O retorno de Ciro Gomes ao PSDB se deu após dois anos de desavenças com sua sigla anterior, o PDT. A disputa interna começou diante da decisão do partido de aderir ao governo Lula e se aliar ao PT, legenda com a qual Ciro rivaliza desde sua derrota eleitoral para a presidência da República em 2018. Os conflitos internos o levaram inclusive a romper com seu irmão, o senador Cid Gomes, que se filiou ao PSB.
Nas eleições municipais de 2024, o atrito com o PDT escalou: Ciro declarou apoio a André Fernandes para a prefeitura de Fortaleza, contrariando a postura governista de seu partido. A executiva nacional precisou intervir, formalizando o apoio ao petista Evandro Leitão.
Desde a crise do partido na disputa municipal, Ciro manteve proximidade com partidos de centro e centro-direita interessados na construção de plataformas eleitorais próprias em 2026, cogitando também o PP e o União Brasil. A escolha pelo PSDB, segundo o ex-governador, marca o "recomeço" de sua "já extensa vida pública".
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