Governo amplia apoio a empresas afetadas por tarifas dos EUA

Os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) oficializaram, nesta quarta-feira (12), a expansão do Plano Brasil Soberano, por meio da Portaria nº 21. A medida busca ampliar o apoio a empresas brasileiras impactadas pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Com a nova regra, poderão acessar o programa empresas que tenham pelo menos 1% do faturamento proveniente de exportações para os EUA, entre julho de 2024 e junho de 2025, e que tenham sido afetadas pelas tarifas. Antes, apenas companhias, microempreendedores individuais e produtores rurais que comprovassem impacto superior a 5% do faturamento bruto nas exportações ao país norte-americano tinham direito às linhas de financiamento emergencial.

As linhas de crédito, no valor total de R$ 30 bilhões, são operacionalizadas pelo BNDES. Paralelamente, Brasil e Estados Unidos seguem negociando as taxas aplicadas sobre produtos brasileiros.

O vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, destacou que a expansão reforça o compromisso do governo com o setor produtivo.

"Enquanto negocia com os EUA, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua atento às necessidades das empresas", afirmou.

Alckmin acrescentou que a medida amplia o critério de faturamento e expande o alcance setorial do plano, incluindo fornecedores de exportadores entre os beneficiários, desde que atendam ao critério mínimo de 1% de impacto no faturamento bruto.

Também nesta quarta-feira (12), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reuniu-se com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em Niágara (Canadá), durante a reunião do G7. Segundo o Itamaraty, o encontro tratou do andamento das negociações bilaterais sobre as tarifas comerciais. Vieira informou que o Brasil encaminhou uma proposta formal aos Estados Unidos em 4 de novembro, após reunião virtual entre equipes técnicas dos dois países.